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Servílio de Oliveira revisita carreira em filme na Câmara de Santo André

Obra sobre carreira do primeiro medalhista do País no boxe será exibido às 17h desde sábado (24), gratuitamente

Fábio Junior
Especial para o Diário
23/05/2025 | 21:00
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FOTO: Denis Maciel/DGABC


Primeiro brasileiro a ser medalhista olímpico no boxe, Servílio de Oliveira estará em ação nesta sábado (24), às 17h, gratuitamente. Mas desta vez não será em cima de um ringue, onde passou grande parte da vida. A Câmara Municipal de Santo André vai apresentar ao público o filme Servílio, que conta a história do esportista brasileiro. O longa-metragem é uma produção independente da Murmur Filmes e possui o incentivo da Lei Paulo Gustavo.

Morador da cidade, o ex-atleta é de origem paulistana e, logo na maioridade, teve de conciliar o trabalho de metalúrgico na Pirelli com os treinos. A temporada mais vitoriosa da sua carreira foi em 1968, quando conquistou os títulos paulista, brasileiro, do torneio dos campeões, latino-americano e de sua icônica medalha de bronze, faturando ela na Olimpíada do México.

Já as gravações do longa ocorreram em Santo André, São Bernardo e na Capital paulista, e tiveram a participação de 15 profissionais. Ao Diário, Servílio destacou a experiência de ver sua história retratada nas telonas, e disse que a cena que o deixou mais emocionado foi a aparição do lugar onde nasceu – Rua João Mafra, na Vila Simões, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. “Fiquei muito feliz. É uma maneira de a minha história ser preservada. O filme ficou bacana, e creio que a maioria das pessoas vai gostar”. 

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Servílio espera que os telespectadores possam aprender fatores importantes ao assistir ao filme. Um deles é a importância de ser honesto, leal e não desistir dos seus sonhos.

Fora dos ringues, o ex-pugilista precisou enfrentar um de seus piores adversários: a discriminação racial. Inspirado por grandes personalidades como Muhammad Ali, ele destacou que com os avanços da tecnologia, está mais fácil identificar os criminosos, mas que a luta contra o racismo, está longe de se encerrar.

“Lamentavelmente, o Brasil é um dos países mais racistas do mundo. As pessoas te olham diferente, em transporte público, restaurantes. É muito fácil perceber os olhares de julgamento. Independente do cargo, um negro sempre é menos remunerado, e as balas perdidas sempre caem nas pessoas negras”, disse Servílio.

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