Em 2025, a insegurança pública segue como uma das principais preocupações do brasileiro — e a criminalidade não poupa os negócios, especialmente bares e restaurantes. Segundo pesquisa inédita da Abrasel, 41% dos estabelecimentos do setor já sofreram com incidentes de violência, como furtos, roubos e ameaças, refletindo o impacto direto da criminalidade no dia a dia desses empreendimentos.

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“Bares e restaurantes são importantes para a segurança urbana, pois movimentam as ruas e mantêm a cidade viva até mais tarde. Quando a violência afeta esses locais, é sinal claro de que o problema é grave e precisa de solução urgente”, alerta Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

Medo que muda rotina e reduz público

Entre os empresários que vivenciaram problemas de segurança, 53% relataram ameaças ou constrangimentos causados por pessoas em situação de rua nas redondezas. Quase metade (46%) foi vítima de roubo ou furto dentro do próprio estabelecimento, enquanto 43% apontaram a ausência de policiamento como fator agravante.

Essas dificuldades afetam diretamente a operação dos negócios: 25% tiveram de reduzir o horário de funcionamento para evitar riscos, e 33% notaram queda no fluxo de clientes. Já 13% afirmam que o crescimento das vendas por delivery está ligado ao receio dos consumidores de sair de casa.

Segurança custa caro e pressiona finanças

Para se proteger, 90% dos empresários investiram em medidas como câmeras, alarmes, iluminação reforçada e vigilância privada — 43% por conta própria e 57% via serviços terceirizados. Apesar disso, 57% afirmam que os custos com segurança aumentaram, pressionando ainda mais as margens já apertadas do setor.

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“É urgente que políticas públicas promovam ambientes urbanos seguros e acolhedores. A segurança é essencial para a sobrevivência e o crescimento desses negócios, que geram emprego e renda para a população”, conclui Solmucci.

A pesquisa reforça o alerta: a criminalidade não só ameaça a vida dos brasileiros, mas compromete o funcionamento e a sustentabilidade de um dos setores mais vitais para a economia e o convívio social.