As cidades de São Bernardo e Mauá registraram ontem atividades de mobilização pela proteção e garantia de direitos na infância e juventude. Em alusão ao Maio Laranja, mês de conscientização e combate ao abuso sexual infantil, o prefeito Marcelo Lima (Podemos) tomou a frente do ato no território são-bernardense, quanto a primeira-dama, Fernanda Oliveira, liderou a caminhada pelas ruas mauenses.

Em São Bernardo, o chefe do Executivo assumiu o compromisso de instituir no calendário oficial de eventos do município, a Semana Municipal de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, após receber em mãos pedido do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) e órgãos de proteção.

A indicação da proposta foi apresentada como parte da programação da 1ª Caminhada de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que percorreu vias da cidade partindo da Praça da Matriz com destino ao Paço Municipal, onde serviços gratuitos foram ofertados à população. A mobilização de rua, que integra a campanha Maio Laranja, concentrou cerca de 1.000 pessoas.

“Este é um momento histórico. Tivemos hoje esta primeira caminhada e estamos abertos para o diálogo e para apoiar qualquer causa que seja para conscientizar, que ajude a gente a avançar nas ações de proteção das nossas crianças e adolescentes. São Bernardo vive um novo momento. Estamos todos juntos. E essa união me dá a certeza de que iremos entregar uma cidade muito melhor”, declarou o prefeito Marcelo Lima, após confirmar a integração da semana de mobilização ao calendário oficial do município, por meio de decreto.

A promotora de Justiça da Infância e da Juventude de São Bernardo, Sirleni Fernandes da Silva, que atua na área protetiva, ressaltou a importância da atividade deste domingo. “Esse movimento significa o cumprimento da Constituição, que fala que sociedade, Estado e família têm que atuar na defesa da criança e do adolescente. Uma das principais violações é a violência sexual. Hoje é uma data para lembrar a todos que esse problema persiste, e enquanto persistir precisamos nos unir”, afirmou.

“Essa é uma causa que devemos atuar juntos, Prefeitura, Conselho Tutelar, CMDCA e secretaria de assistência social e toda a rede de proteção para proteger nossas crianças e adolescentes”, disse Fernanda Oliveira, em Mauá.

Na cidade, além da caminhada pelas ruas do Centro e esplanada do Paço, a atividade contou com apresentação de dança das crianças da rede municipal de ensino.

CANAIS DE DENÚNCIA 

Entre os canais de denúncia de casos de violação dos direitos das crianças e adolescentes está o Disque 100 – que mantém as informações sob sigilo. 

Conselho Tutelar, Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializado de Assistente Social) também são espaços para acolhimento, orientação e encaminhamento dos casos.