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Chuva de duas horas provoca alagamentos e caos na região
Tatiane Pamboukian Natasha Werneck
20/04/2025 | 09:24
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FOTO:Denis Maciel/Dgabc


O Grande ABC foi fortemente atingido ontem à tarde pela chuva, que provocou alagamentos, queda de energia elétrica, de árvores e muros, além da interrupção da circulação de trens. Apesar do caos, não houve registros de mortos, feridos ou desalojados. As cidades mais afetadas pelo temporal que durou aproximadamente duas horas (16h às 18h) foram Santo André, com 89 mm, sendo 60 mm no período de apenas uma hora, e Diadema, que registrou 70 mm em igual intervalo, segundo a Defesa Civil de cada município, com informações atualizadas até 21h. 

Na cidade andreense, houve registro de pontos de alagamento em algumas vias do Centro e em trechos da Avenida dos Estados e da Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, de acordo com a Defesa Civil de Santo André, além da queda de árvore na Avenida Atlântica, que obstruiu a passagem. O Diário também contabilizou enchentes na Vila América e na Rua Alencastro, no bairro Silveira.

Em Diadema, com o volume de água, o córrego Ribeirão Capela transbordou, agravando os alagamentos em diversos bairros. A interseção da Avenida São José e Avenida Presidente Kennedy foi um dos pontos mais críticos. De acordo com a Defesa Civil do município, diversas áreas do Centro acabaram alagadas, tais como Terminal de Diadema Centro, Vila Lídia, Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquivel, Praça dos Miosotis, pista do trólebus em frente ao terminal, Rua 12 de Outubro, Avenida Ulysses Guimarães, Avenida Antônio Piranga (embaixo do Viaduto Imigrantes) e Avenida Casagrande com a Fundibem. Foram registradas quedas de árvore na Rua Pôr-do-Sol e Maria Fidelis, as duas no bairro Piraporinha. Na Rua PHI, na Praia Vermelha, houve o desabamento de um muro. 

Apuração do Diário constatou ainda o desabamento de um muro na altura do número 66 da Rua Jacuí, no bairro Jardim São Judas, na região do Campanário. A via ficou totalmente alagada, impedindo os moradores de transitarem. Na Avenida Paranapanema, no mesmo bairro, a situação também ficou complicada, o que impediu veículos e pedestres, de circularem.

OUTRAS CIDADES 

Em São Bernardo, foram registrados 58 mm de chuva em alguns pontos. Cerca de 57% do volume de água esperado para o mês de abril caíram em apenas duas horas. Apesar disso, a Defesa Civil do município esclareceu que não houve a notificação de vítimas, desmoronamento ou queda de árvore. 

De acordo com levantamento do Diário, a região da Pauliceia foi bastante castigada pela tempestade, que alagou o Corredor Metropolitano ABD. A água invadiu casas nas proximidades da UBS Pauliceia, como a da esteticista Tatiane Gomes, 42 anos, que precisou se abrigar no segundo andar de sua residência, para onde também tentou levar e salvar da enchente alguns de seus pertences. “Estou com as crianças da minha vizinha aqui, porque a casa dela é mais baixa que a minha e só tem um andar. Lá, a água atingiu tudo e ela já perdeu tudo”, contou.

São Caetano não informou quantos milímetros de chuva foram registrados, mas apontou pontos de alagamento nos bairros Prosperidade, Fundação, Santo Antônio, São José e Nova Gerty. O Diário contabilizou ainda alagamento na Avenida Guido Aliberti, no bairro Mauá. Não houve notificação de ocorrência com gravidade, de acordo com a Defesa Civil da cidade. 

 Mauá, segundo o órgão da Prefeitura, a tempestade atingiu média de 45 mm entre 15h28 e 17h35, mais do que o triplo previsto, de 14mm, para o dia. As regiões mais afetadas foram Vila Magini, Jardim Oratório e Jardim Paranavaí. Às 18h, todos os pontos de alagamento já haviam desaparecido, sem registros de áreas de risco. 

Em Ribeirão Pires, choveu 48 mm, mas, de acordo com a Defesa Civil da cidade, não houve ocorrências. Em Rio Grande da Serra, foram 43 mm em uma hora e 35 minutos. A cidade teve computados seis pontos de alagamento, na Rua Prefeito Cido Franco, na Avenida Jean Lieutaud, na Estrada do Rio Pequeno, na Rua dos Sabiás, na Praça São Leopoldo e na Avenida Marechal Rondon. Não houve vítimas ou a necessidade de remoção de pessoas.

INTERRUPÇÕES

A população de Santo André, São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires foi ainda impactada pela queda de energia elétrica no fim da tarde, mas o fornecimento foi rapidamente restabelecido, com exceção de Ribeirão Pires, onde 2.000 residências continuavam sem luz até as 22h. O trem também foi paralisado na Linha 10–Turquesa, das 17h às 19h, entre as estações Capuava e Prefeito Saladino da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em decorrência do alagamento no trecho.




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