O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que os acordos comerciais se tornaram uma "moeda de segurança" no mundo atual e vão "salvar" as indústrias britânicas, particularmente nos setores de aço e farmacêutico. Os comentários foram realizados em testemunho na Câmara dos Comuns, ao falar sobre os recentes acordos com a União Europeia (UE), Índia e Estados Unidos.
O premiê rebateu críticas do Partido Conservador, que acusou o governo Trabalhista de criar políticas que aumentarão a imigração no país e prejudicarão determinados setores, como pesca, agricultura e defesa. Segundo ele, os acordos facilitarão na prática a exportação de alimentos para a União Europeia e abrirá os mercados europeus para produtos da indústria de defesa britânica.
Starmer foi enfático ao afirmar que teve como limite nas negociações com a UE a posição tomada pelo Reino Unido durante o Brexit. "Dissemos que não voltaríamos para o bloco ou para o mercado único de capitais, e ainda assim conseguimos negociar", afirmou.
O premiê acrescentou que não fez concessões na política imigratória e de emissão de vistos em nenhum dos três acordos comerciais. "Faremos o controle de vistos", garantiu.
Mais cedo, na mesma sessão, a ministra das Finanças, Rachel Reeves, também defendeu os acordos e destacou a entrada de investimentos no Reino Unido. "Somos o terceiro melhor lugar para investir no mundo, graças ao esforços deste governo, e uma das economias de crescimento mais rápido do G7", disse.
Reeves também comentou brevemente sobre o orçamento fiscal, ressaltando compromisso de não aumentar impostos sobre "pessoas trabalhadoras", mas que manterá impostos sobre empresas para "ajudar a financiar subsídios para pequenos negócios". "Outras estratégias de impostos vamos detalhar no orçamento", afirmou.
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