Os medicamentos comprados por hospitais tiveram inflação de 4,18% em abril, segundo índice calculado pela Fipe com base em dados transacionais da empresa de tecnologia Bionexo. A variação reflete os reajustes anuais autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que entraram em vigor no mês passado.
A inflação de abril supera a de março, quando os medicamentos que chegam aos hospitais tiveram alta de 0,36%. No acumulado em 12 meses, a inflação subiu de 4,24% para 5,03%. Em abril, a inflação foi puxada pelo grupo de imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, cuja alta ante março foi de 18,89%.
"O índice revela uma pressão significativa sobre os custos hospitalares, que tende a se acentuar diante de reajustes autorizados e oscilações cambiais. Esse movimento preocupa não só hospitais, mas todo o ecossistema de saúde, que já opera com margens apertadas e demanda crescente por serviços", afirma Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.
Segundo Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe, a inflação hospitalar avança mais rápido do que a inflação geral da economia, o que exige atenção do setor de saúde para o impacto nos custos e no planejamento orçamentário.
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