Após fiasco de público no ano passado, presidente evitou eventos do 1º de Maio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retoma nesta sexta-feira (2) agenda de reuniões com ministros após se manter isolado durante o feriado do Dia do Trabalhador, celebrado na última quinta-feira (1°) com eventos promovidos por centrais sindicais e sindicatos, dentre os quais a festa que lotou o Paço de São Bernardo.
Em meio à crise instalada por manter Carlos Lupi no comando do Ministério da Previdência após escândalo do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Lula evitou se expor a novo fiasco de público em agenda do 1º de Maio e às cobranças que certamente seriam feitas em relação à redução da jornada de trabalho, sem diminuição dos salários, queda nos juros e fim da jornada 6x1 (seis dias trabalhados por um de descanso).
Diferentemente dos mandatos anteriores do petista, quando conseguia reunir multidão de militantes e apoiadores, as atividades do PT têm ficado aquém do esperado no quesito público. Em 2024, a esquerda não conseguiu mobilizar número suficiente de trabalhadores para encher o estacionamento do estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo. De lá para cá as dificuldades da esquerda em lotar locais públicos durante eventos têm se intensificado.
O presidente chegou a cogitar participar da festa no Paço de São Bernardo este ano, mas acabou desistindo após ser aconselhado por auxiliares a permanecer no Palácio da Alvorada para evitar maior desgaste.
A opção do presidente para este ano foi o pronunciamento feito em rede nacional, quando anunciou que o governo entrará na discussão do fim da jornada 6x1.
De olho na instabilidade, enquanto Lula se equilibra entre a queda da popularidade e as crises que abalam seu governo, os partidos de centro começam as articulações para apresentar opção para 2026 longe da polarização protagonizada pela esquerda e pelo grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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