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Laura Muller
O desejo e a estimulação sexual pode sofrer alterações ao longo da vida Foto: Divulgação |
“Meu marido só consegue se estimular se eu fizer sexo oral nele. Tenho a impressão de que não fica mais excitado olhando o meu corpo ou por estar comigo. E nem sempre estou a fim de praticar sexo oral. Isso seria um indício de desgaste da relação?”
Para responder a perguntas como esta, é importante olharmos para a questão do desejo e da estimulação sexual, e de suas alterações ao longo da vida. Vamos lá: a primeira coisa a saber é que aquilo que nos estimula sexualmente em uma fase da vida pode simplesmente deixar de ser tão excitante em outra e ceder lugar a novas possibilidades e interesses. Isso é algo muito comum de ocorrer.
Ou seja, pode ser que por um tempo a gente sinta muito prazer em observar um corpo nu. E em outro momento, sinta mais interesse em outros estímulos eróticos, como toques e carícias das mais variadas. Quer dizer que o tal corpo nu deixou de ser atraente? Não necessariamente. Isso pode significar apenas que temos infinitas formas de nos estimular eroticamente. E que, de tempos em tempos, algumas delas roubam mais a nossa atenção do que outras. Isso faz parte do dinamismo da vida sexual e, claro, da nossa vida como um todo.
E quanto à questão de um tipo de prática sexual, como o sexo oral, entrar para a lista das preferências masculinas? Esse ponto também merece olhar bastante ampliado para o tipo de estimulação sexual: o sexo oral feito no homem garante a ele altas doses de excitação, pois toca na área mais sensível ao prazer do corpo masculino, que é a glande (cabeça do pênis). Toques com as mãos, a língua ou a boca como um todo nessa região podem ser altamente afrodisíacos. E favorecer rapidamente a obtenção de ereção, de prazeres e de orgasmo. Ou seja, por tudo isso e por mais uma lista de diversos fatores estimulantes, o sexo oral é uma prática muito desejada por homens em geral.
Mas se você não aguenta mais fazer sexo oral, como resolve essa situação? Aí é o caso de o casal buscar outras formas de se relacionar na cama que tragam estímulo e prazer para ambos, não é mesmo?
Não há fórmula secreta nem única para vivermos bem o relacionamento amoroso e sexual ao longo da vida. O ser humano está em constante processo de transformação, e o jeito de viver a dois precisa, diante disso, de frequentes reajustes. Esta seria a principal dica para viver bem: manter atenção às mudanças e à necessidade de se abrir para experimentar novas e interessantes possibilidades de saborear a vida a dois. Que tal, então, parar de se preocupar tanto e abrir espaço para novos e prazerosos sabores na sua relação? Pode valer muito a pena, acredite!
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