Para ir bem no vestibular

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Leandro Teles

Alunos têm que aprender a equilibrar razão e emoção

O vestibular não é prova qualquer. Primeiro porque tem muita coisa em jogo. Segundo porque aborda o conteúdo de toda uma vida escolar. Por isso, o aluno precisa tirar o máximo proveito de suas capacidades intelectual e emocional. A memória é exigida em toda sua complexidade, da retenção à evocação direcionada. Sairá na frente o aluno que souber manter o foco e a melhor estratégia de estudo para esse tipo de cobrança. Confira a seguir oito dicas para otimizar a performance cerebral nesta fase de avaliações:

 
- Ambiente – O primeiro passo é estudar em ambiente preparado, com iluminação direta e branca, mesa limpa e móveis confortáveis. Com poucos distratores, o que é importante salta aos olhos e é mais facilmente memorizado. Nada de televisor ligado, música, redes sociais etc. Evite pilhas de livros, textos esparramados e interrupções. É melhor ter foco por tempo menor, intercalado com outros afazeres, do que estudar muito tempo em meio a outras atividades.
 
- Repouso – Nada de perder o sono para estudar mais. Enquanto dormimos, a  memória é organizada e consolidada. Virar a noite estudando pode até funcionar como desespero para uma prova do colégio, em que a matéria é menor. Mas o vestibular é diferente. A distância entre o estudo e a prova é de meses e a matéria precisa de consolidação. O sono descansa o cérebro e o corpo para o dia seguinte. E um cochilo de 30 minutos após o almoço melhora o estudo à tarde.
 
- Destaques – Decorar tudo é impossível. O segredo é destacar os conceitos, pontos principais e palavras-chave. Atente para a ideia primordial, destaque-a, fale em voz alta e troque de cor. Condense textos. A síntese organiza o raciocínio, ajudando a abrir a ‘gaveta’ cerebral certa na hora de responder às perguntas.
 
- Revisão – É arma importante na consolidação da memória. Quanto mais vezes algo é recordado, mais firme fica na cabeça. Algo que é vivenciado mas não relembrado em algumas semanas tem pouca chance de ficar na memória. E o que custou uma hora para ser entendido pode ser revisado em cinco minutos. Assim, na reta final, a revisão reaquece os temas adormecidos. Vale revisar o conteúdo a cada dois meses.
 
- Alimentação – Durante o ano, priorize alimentos de fácil digestão, ricos em nutrientes e vitaminas. Prefira várias porções em pequenas quantidades. Itens muito gordurosos e calóricos dificultam a concentração e lentificam o processo cerebral porque o fluxo sanguíneo é redirecionado ao estômago e ao intestino. Tudo isso gera sono e baixa disposição. Também não é recomendável estudar com fome, o que pode tirar o foco. Beba bastante água; evite álcool e alimentos estimulantes, pois, em excesso, eles podem paradoxalmente reduzir a atenção.
 
- Associações mentais – Para memorizar algo que não atrai o interesse, uma técnica possível é associar o conceito a algo que já está gravado na mente. Crie rimas, músicas, links mentais, siglas etc. Quanto maior o componente emocional ou o humor da associação, melhor! O cérebro pode carregar uma boa regrinha mnemônica pela vida inteira.
 
- Metas – Nosso empenho se alimenta de metas. Por isso, é fundamental estabelecer um planejamento claro, com objetivos e prazos de execução (quanto mais curtos, melhor). Nada de metas impossíveis ou improváveis! Cumprido o cronograma, parta para atividades extras. Isso melhora a autoestima, reduz a ansiedade e minimiza a culpa no descanso ou em atividades sociais.
 
- Desempenho linear – Muitos alunos oscilam no rendimento durante os meses, aumentando a carga de estudos conforme se aproxima a prova e o desespero. Outro equívoco é disponibilizar tempo menor para matérias de que não gosta. O ideal é impor um ritmo linear de estudo e não deixar o gosto pessoal interferir no planejamento.   



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