Sexo sem graça

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Laura Müller

Falta de prazer pode estar na mente Foto: Divulgação

Vamos olhar para essa situação com calma. Está tudo certo com o seu corpo e o potencial para se estimular. Tanto que, vez ou outra, acorda se sentindo excitada. E mais: na adolescência, o desejo e a excitação vinham ao assistir cenas eróticas ou pensar no assunto. Detalhe importante: isso foi antes de ter a primeira transa. O que será que aconteceu de lá para cá? Essa talvez seja a pergunta central a responder, mas de forma bem profunda e reveladora para si mesma. O que a gente vive na cama é fruto de quem nós somos e da nossa história de vida. E inclui nossas vivências, positivas e negativas, com os relacionamentos amorosos e sexuais, bem como a forma como lidamos com nossos valores, nossas crenças, nossos limites e nossas possibilidades. 

 
Levando tudo isso em consideração, investigue o que você pensa de fato sobre sexo e sexualidade. Será que tem uma visão negativa, cheia de mitos e tabus? Será que, durante ou após as primeiras transas, se sentiu fazendo algo de errado e sujo? E hoje, como é? Há algo de que não gostou ou não gosta na sua vida sexual?
Buscar respostas a perguntas como essas requer coragem e pode ser bem dolorido e incômodo. Muitas vezes, é importante a ajuda de um psicólogo para olhar com cuidado para todas essas questões. 
 
E para quê tudo isso? Para se conhecer melhor e verificar as possibilidades de dar novos e positivos significados às práticas amorosas e sexuais. A gente vai acumulando pela vida afora uma série de ideias e sentimentos que de tempos em tempos precisam ser revistos. Essa é uma atitude muito saudável. Não há nada de errado em quem não quer viver o sexo e o prazer. Ou em quem não vê graça nenhuma nisso. Mas, se sentir-se assim lhe incomoda, então vale sim virar esse jogo. Sem pressa, sem cobranças, no seu tempo. 



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