Simples assim

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Redação

Danuza dá dicas como tornar a vida mais leve
Parece que a cabeça nunca sossega. Há sempre um dilema, uma dúvida, uma questão a tirar a nossa tranquilidade. Talvez, porque o homem seja mesmo um ser complicado, que está sempre em busca de mais ou daquilo que não tem. Ou, então, porque não tenha percebido ainda que na vida É Tudo Tão Simples, como já diz o título do recém-lançado livro da jornalista Danuza Leão (editora Agir, 192 páginas, R$34,90). 
 
Para ela, a gente tem costume de complicar muito a vida. E a própria autora admite ter também essa mania. “Sempre compliquei muito”. Simplificar faz parte de uma rotina de exercícios. A começar por eliminar as porcelanas e louças que não se usa mais, assim como todos os itens do armário que só ocupam espaço. "Para quê eu quero 12 copos de vinho branco, mais 12 de tinto, mais 12 de coquetel que comprei em Veneza, iguais aos do Harry’s bar, mais oito flûtes (taças para champanhe) que nunca usei e jamais usarei, seis pares de botas diferentes, 16 suéteres e nem sei quantas camisetas? Para quê, quer me dizer?”, questiona no livro.
 
Com tema bem amplo, a obra traz também dicas de viagem, comportamento no mundo virtual, à mesa, relacionamento entre heteros e homossexuais e beleza. Um dos assuntos, por exemplo, é o exagero da busca pela beleza e resgate da juventude através das plásticas. A escritora diz que todos os assuntos foram saindo da cabeça dela sem um fio condutor. “As coisas foram pintando na minha cabeça e eu fui escrevendo. Mas não quero passar mensagem para ninguém.” De qualquer forma, não dá para ler É Tudo tão Simples e não tirar lições. Danuza começou a escrevê-lo na época em que estava de mudança de apartamento. “O apê era menor do que o anterior e eu tive que me desfazer de metade das minhas coisas.” Percebeu que, às vezes, é importante doar pertences antigos para dar oportunidade a outros novos surgirem. 
 
“Sei que posso simplificar. Essa bagagem que a gente carrega é muito pesada. Aos poucos vamos aprendendo a abrir mão de certas coisas, porque não dá para seguir assim.” A mudança trouxe uma lição para si: é preciso se desapegar do que não é mais importante. Assim também deve ser nos relacionamentos, nas amizades e em toda a vida. “Aos poucos, vamos tendo menos amigos e fazendo essa seleção naturalmente.” E, assim, também fica mais fácil abrir olhos – e coração – para o que realmente vale a pena!
 



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