Embaixatriz do ziriguidum

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Raquel de Medeiros

Fotos: Tiago Silva
Viviane posa para a Dia-a-Dia em salar na Argentina. Foto: Tiago Silva

Modelo, cantora de forró, dançarina e atriz. Para descobrir o caminho que gostaria de seguir, Viviane Araújo tateou por todas as áreas. Só faltou o status de apresentadora no currículo para que conseguisse lugar entre as mulheres mais multifacetadas da TV. A facilidade de se deixar envolver por diversos mundos abre várias portas, mas por vezes confunde a cabeça da modelo, que não consegue focar o trabalho. Em 1997, foi uma das finalistas do concurso que elegeu Scheila Carvalho como nova morena do grupo de axé É o Tchan! Ficou em segundo lugar, mas ganhou pontas em programas globais, como A Turma do Didi e Malhação. Em 2008, lançou-se cantora na banda de forró Viviane Araújo e Chamego de Menina.

Mesmo assim, não conseguiu ficar longe das páginas das revistas masculinas. Em 1997, estampou a capa da extinta Ele e Ela. Em 1999, foi convidada a posar para a Sexy, e não parou mais. Ao longo da carreira, soma 11 ensaios. Vergonha ela não tem. Muito menos planos para parar de exibir a silhueta bem esculpida. “Não posso falar muito, porque da última vez falei que ia parar e não parei.” 
Viviane não é hipócrita em dizer que o dinheiro não é importante na hora de decidir tirar a roupa. “Tem a questão da vontade, mas também da grana, que obviamente é uma coisa que ajuda, né?” Os pais da rainha de bateria aprenderam a levar a profissão da filha numa boa. “Meu pai sempre me acompanhou desde que comecei. A minha mãe ficava ‘meio assim’ no começo, mas o tempo foi passando e hoje ela acha normal.”
 
Tiago Silva
Dieta e malhação garantem a boa forma nos sambódromos. Foto: Tiago Silva
SAMBA NO PÉ
À frente da bateria do Salgueiro, no Rio de Janeiro, e da Mancha Verde, em São Paulo, Viviane revela outro talento: o de dançar. Com samba na ponta dos pés, ela pega pesado na academia e na alimentação para manter o corpo de violão. A modelo tem orgulho do par de pernas excessivamente torneadas pela malhação. “Geralmente, vou para a academia de manhã, por volta das 9h.” E não são apenas dois ou três dias da semana que ela dedica aos exercícios, mas todo santo dia. “Faço uma hora ou uma hora e meia de treino. Quando chega perto do Carnaval, fecho a boca, faço dieta e malho mais. Mas já malhei muito mais do que hoje.”
Vaidosa, já se submeteu a diversas cirurgias plásticas, como a de prótese de silicone nos seios e outra para afinar o nariz, além de vários procedimentos estéticos. Tudo para se sentir mais bonita. “A mulher tem que se cuidar. E eu me cuido não só por causa do Carnaval, mas porque gosto de estar bem e também porque trabalho com minha imagem.” A preocupação com o corpo vem de longe. A rainha de bateria é formada em Educação Física, apesar de não ter exercido a profissão. 
O corpo atlético também é resultado de dieta que, segundo Viviane, não é nada fácil de administrar, já que é boa de garfo. Em entrevista ao Terra, afirmou que gosta de comer arroz, feijão, sanduíches, carnes e massas. Mas, em tempos de Folia a comilança fica de escanteio para dar vez a alimentos menos calóricos. “Tenho de fechar a boca e fazer dieta. Odeio fazer isso. Quando entro em dieta e tenho de comer uma dúzia de claras de ovos por dia, macarrão integral e frango, fico mal-humorada”, admite.
O sacrifício, no entanto, vale a pena para fazer bonito na Marquês de Sapucaí. “É a minha vida, minha paixão. Amo o Carnaval e muito do que sou hoje devo a ele. É uma festa grandiosa, pro mundo.”
O pequenino biquíni, geralmente adornado por paetês e pedrarias, tapa somente o necessário. As plumas compõem a fantasia. O corpo fica exposto em cada detalhe, mas ela não tem medo de críticas. “Sei que nunca vou agradar a todo mundo. Então, não dou ouvidos, não. E, graças a Deus, reparo que tenho agradado. As pessoas me procuram mais para elogiar do que para falar coisas negativas.”
No Exterior, a prática de desfilar seminua é vista como excêntrica. Nas viagens que fez, Viviane diz que nunca sentiu preconceito ou ouviu comentários pejorativos por parte dos estrangeiros. “Não senti isso lá fora, não. Carnaval é uma festa linda, é arte pura, não é só mulher bonita. Para colocar um carro na avenida, existem centenas de profissionais incríveis. Eu acompanho tudo o ano todo. E quando termina, quero logo saber sobre o novo enredo.”
Depois da Folia tupiniquim, ela deverá embarcar à Argentina para animar pelo segundo ano consecutivo o Carnaval na província de San Luis, onde fez sucesso no ano passado e posou para as fotos que ilustram esta reportagem. 
 
Depois de desfilar no Salgueiro e na Mancha Verde, Viviane levará suas ginga para a província argentina de San Luis. Foto: Tiago Silva
PAPÉIS SENSUAIS
Foi com a interpretação de Rosinha na Escolinha do Professor Raimundo que a carreira de atriz ganhou formato. Quem é que não lembra da aluna que rebolava enquanto apagava a lousa, fazendo o personagem de Chico Anysio perder a compostura? Os outros personagens que a sucederam também foram mulheres sensuais. Ela deu vida à Dona Tetê, em Zorra Total, e à amante de Armando (interpretado por Raul Gazolla) na novela Bela, a Feia, da Record.
O apelo sexual de Viviane é tanto que já foi eleita como a mulher que os homens mais gostariam de ver atuando em um filme pornô. O fato não pareceu agradar à modelo, que foi enfática na resposta aos marmanjos. “Isso é devido ao fato de eu ser um símbolo sexual. É porque eles s


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