Desfile de princesas e rainhas marcaram o desfile do estilista Lino Villaventura. Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite

Um verdadeiro conto de fadas e bruxas contemporâneo. Esta é a melhor definição para o espetáculo que o estilista Lino Villaventura, habitué dos desfiles da semana de moda paulista, trouxe para a catwalk no penultimo dia de desfiles do evento. Sobrou criatividade, sobrou tecidos nas produções e sobrou aplausos por todos os lados ao términio da épica apresentação.

Na primeira fila do desfile de Villaventura personalidades como Rico Mansur, Amir Slama, Carla Lamarca e Fernando Louza foram deixados de lado. Os jornalistas que antes investiam em perguntas nada criativas e tanto óbvias com ar de expectativa e imprecisão foram, na verdade, procurar seu lugar para sentar e assistir ao espetáculo que estava para começar. Os profissionais de imprensa em geral aguardavam nervosos pela participação do estilista no evento.

O clima veio pesado e a trilha sonora embalava músicas de filmes de terror. A inspiração, segundo o próprio estilista, veio das imagens sombrias do pintor Francis Bacon para compor o stylist que também leva a assinatura de Lino Villaventura.  A coleção do estilista começa com um shape mais ajustado e, aos poucos, a mostra ganha volumes imensos e amarrados com anáguas. O mix de seda, organza, crepe, jacquard, jersey e linho transformam os looks em obras de arte e, claro, justificam o preço do trabalho.

Os detalhes da coleção vieram ainda mais fortes com o acabamento artesanal das peças. Brilhos e pedras dos bordados feitos à mão sumiram na passerela, no entanto, devem ascender como poucas peças dentro do closet das fashionistas. Os homens também ganharam um repertório variado durante o desfile e poderão soltar a criatividade nas produções com a grife do estilista. O público foi ao delírio com a apresentação de peças carnavalescas. As roupas de Lino Villaventura se transformaram em figurino e ganharam status de desejo. Quem não quer ousar e usar uma produção assinada pelo gênio?