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Andréia Meneguete
Com cartela de cores permeada pelos tons pastel e silhuetas com formas contidas, a coleção primavera-verão 2012 de Alexandre Herchcovitch traz peças com perfume doce e romântico. A mulher delicada é a provável inspiração do estilista, que trouxe para a catwalk da Bienal a predominância do comprimento midi – tanto dos vestidos, saias e calças - e trabalhados no silk laise, visco seda e a seda jacquard floral.
As formas foram um resgate dos anos 40,50 e 60, conferindo roupas que brincavam entre a seriedade e a leveza do vintage. Vestidos inspirados em quimonos japoneses e misturados com a sofisticação dos bordados luxuosos presentes nos tecidos. A cintura, mais uma vez, aparece levemente marcada, mas sem cair na sensualidade. Pelo contrário, Herchcovitch imprime a estética da mulher delicada, romântica e sonhadora. Houve um adendo na coleção: o preto apareceu de forma singular no corpo de Aline Weber, que desfilou um vestido total black com aplicação de pedras. A lingerie também tem sua vez e agregou toques de ousadia e sensualidade ao processo criativo, mas nada próximo do sexual. Aquelas que sonham com uma temporada mais fresca e leve, está aí a salvação.
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