Samuel Cirnansck vem cheio de glamour

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Christiane Ferreira

E mais uma vez o estilista Samuel Cirnansck usou e abusou do fetiche para criar sua coleção de primavera-verão. As modelos entravam na passarela com as bocas, os braços e as mãos presos, entrando de cabeça no universo do desejo.

As primeiras peças eram de roupas com silhuetas mais ajustadas ao corpo, sempre vestidos justos e comprimento acima do joelho. As aplicações e os zíperes à mostra imprimiam o toque fetichista de Samuel.  A estética tinha um quê tecnológico, reforçado também pelo brilho dos tecidos, geralmente látex, resinados e couro sintético. As cores claras vinham com detalhes em preto. Nesta hora as modelos tinham os cabelos presos por um coque banana, franjas mais desconstruídas, maquiagem leve, com blush e boca bem minimalistas, nude.

Com o passar da apresentação o ar tecnológico perdeu espaço e o barroco apareceu em vestidos longos e rebuscados, cheios de bordados, drapeados e tecidos ora fluidos ora transparentes, num ar de feminilidade exacerbada, que é a característica do estilista. Mais uma vez o preto apareceu em aplicações de rendas e bordados, fazendo um contraponto com todo romantismo das peças. Desta vez as modelos tinham os olhos mais marcados por delineadores e cabelos um pouco soltos.   
 Na cartela de cores, Samuel apostou em rosa-bebê, azul-claro, branco, off-white (ele veio para ficar) e amarelo-claro. Os tecidos eram organza, musseline, tafetá, tule, rendas bordadas, entre outros.
 




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