De volta aos tempos de Leopoldina

Envie para um(a) amigo(a) Imprimir Comentar A- A A+

Compartilhe:

Marcela Munhoz

 Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, Maria Leopoldina, ou, simplesmente, Leo para Letícia Colin. A atriz se sente tão íntima de sua mais nova e empolgante personagem da TV que trata a “formidável” – em suas palavras – imperatriz do Brasil com muito carinho e extremo respeito. Depois de meses de preparação e dedicação, o público poderá ver, a partir de hoje, o resultado da Leopoldina de Letícia em Novo Mundo, nova novela da Rede Globo da faixa das 18h.

"Interpretar a ‘Leo’ é responsabilidade enorme e grande emoção para mim, porque ela foi decisiva na Independência do Brasil. Foi alguém que articulou, junto a Dom Pedro, o processo. Ela era uma mulher incrível, interessante, complexa, inteligente, grande artista e muito humana. Trata-se de minha primeira personagem histórica e estou fazendo o possível para construí-la do jeito mais interessante possível. Muita gente vai conhecer a verdadeira história de Leopoldina por meio da novela, então, estou muito feliz e satisfeita por essa missão”, conta a andreense ao Diário.

Para quem não se recorda, quando o marido, príncipe regente, viajou a São Paulo em agosto de 1822, para apaziguar a política (o que culminaria na proclamação da independência em setembro), Leopoldina exerceu a regência. Foi quando assinou o decreto declarando o Brasil separado de Portugal. Ela também foi responsável por idealizar a Bandeira do Brasil, em que misturou o verde da família Bragança e o amarelo-ouro da família Habsburgo.

Misturando capítulos verdadeiros da nossa história a um romance fictício – entre a professora de português Anna Milmann (Isabelle Drummond) e o ator Joaquim Martinho (Chay Suede) – a trama se passa entre os anos de 1817 e 1822. Também vai mostrar como foi a chegada da arquiduquesa da Áustria ao País, depois de três meses no mar, onde conheceria seu marido – cujo casamento foi realizado por contrato, a distância – Dom Pedro I (Caio Castro).

“Participar da Novo Mundo é muito interessante porque nos fez (o elenco) lembrar das aulas de História do colégio. E foi além: nos deu a oportunidade de revisitar e nos aprofundar nos detalhes mais complexos e contraditórios da história que não são ensinados nas aulas. Por meio das diversas cartas que escreveu, me aprofundei demais na vida de Leopoldina, tentei entender seus sentimentos e me identifiquei, principalmente com a paixão dela pela natureza, pelo ar livre”, conta Letícia. Para ela, o traço mais marcante da personagem histórica é sua solidão. “Leopoldina não tinha amigos, ficou longe da família, veio morar em outro país. Era comum que fosse fazer caminhadas, cavalgadas e caçadas completamente solitária.”

Aprender a andar a cavalo foi apenas uma das novas empreitadas de Letícia Colin ao aceitar viver a imperatriz. Ela também teve aulas de alemão, tiro, caligrafia, etiqueta e piano. “De tudo, o que eu mais gostei foi ter me aproximado do piano. Fiquei absolutamente encantada com o instrumento e tenho vontade de aprender a realmente tocar, por mim, para a minha vida”, finaliza a atriz.




Diário do Grande ABC. Copyright © 1991- 2024. Todos os direitos reservados