Quer fugir do Carnaval? Vá pescar!

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Marcela Munhoz

A pesca, seja turística ou esportiva, não para de crescer. Para se ter uma ideia, calcula-se que no País existam mais de 3 milhões de pescadores esportivos, o que acaba movimentando de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões por ano. Mesmo assim ainda tem muito a acontecer por aqui se comparar com os 35 milhões nos Estados Unidos, que levantam o montante de R$ 40 bilhões por ano. Além de relaxar e desestressar, os praticantes atribuem à prática a oportunidade de expandir o círculo social e fazer grandes e duradouras amizades.

No Brasil, quem busca destinos para este fim tem várias opções, incluindo agências de viagens específicas. Fazem parte do repertório lugares como o Pantanal mato-grossense e a Amazônia. Os que só querem ‘brincar’ podem escolher um dos milhares de pesqueiros espalhados pelo Brasil. Já os que não ligam muito para a emoção de tirar o peixe da água podem acompanhar a família em um fim de semana tranquilo, regado a churrasquinho e a chance de colocar os pés para o alto em ambiente silencioso, no meio da natureza.

“Com o avanço dos clubes de pesca (ou pesqueiros) ficou cada vez mais fácil a pessoa sair para curtir um lazer diferente do convencional. Pescar é passeio legal de interação com a natureza e também dá para almoçar bem, se divertir, aproveitar o dia e o fim de semana”, conta Alison Fernando Fontoura, 33 anos, especialista no assunto da rede Sugoi.

Os pesqueiros podem ser boas opções também agora, no feriado de Carnaval. Geralmente, esses lugares cobram uma taxa por pessoa para passar o dia inteiro. Também oferecem mínima estrutura, como quiosques, aluguel de equipamentos e quem não quiser levar o próprio almoço pode optar por comer no restaurante do local. Muitos têm áreas de lazer para as crianças, piscinas e até pousadas para passar a noite.

Dependendo do lugar, pode-se pescar variados tipos de peixes, como tilápia, pacu, cat-fish, matrinxã, traíra, pintado, carpas, entre outros. Se quiser, o visitante pode pagar e levar para casa um ou outro peixe que pescou. Os valores são calculados de acordo com o peso do que foi tirado da água.

Mas, de maneira geral, quem faz a prática esportiva devolve o peixe depois de fisgá-lo, honrando a característica do ‘pesque e solte’. Existem, aliás, regras de como manipular o animal para que seja o mais preservado possível ao voltar para a água. Assim, mesmo nos pesqueiros, dá-se continuidade às espécies, preservando o meio ambiente.

Consulte sempre um profissional
Diz-se que quem pesca uma vez e sente a emoção da prática não consegue mais parar. Com o tempo, a pessoa vai pegando dicas, trocando o equipamento por um mais moderno, escolhendo os lugares certos e descobrindo formas diferentes de puxar o peixe da água. Acredite, existem várias modalidades, como arremessos, com mosca, de barranco, de praia, de embarcada, só para citar algumas.

Como todo esporte, para mandar bem são necessários praticar e ir atrás de conhecimento. Para os pescadores de primeira viagem, a dica é dar um pulo nos pesqueiros e lojas especializadas para conversar com os atendentes. Só eles vão poder indicar quais os equipamentos necessários para os tipos de pesca. “A pessoa tem que estar preparada, saber o que vai levar. Não são todos os pesqueiros que alugam os equipamentos, por exemplo”, ressalta Alison Fernando Fontoura, 33 anos, da rede Sugoi.

De acordo com Fontoura, existem incontáveis varas e todo tipo de tralha (o material que envolve a prática). “Hoje quem quer ser pescador não tem desculpa. Dá para encontrar equipamento para todos os gostos e bolsos”. Além disso, segundo ele, existem cursos específicos sobre a parte prática e também a teórica. “Geralmente, as aulas são dadas nos pesqueiros.”

DICAS
>Antes de se aventurar em um pesqueiro, pense que está praticando esporte outdoor. A atividade exige tanto preparo físico quanto preocupação do que levar. Não deixe de colocar na lista de segurança:
> Roupas leves e, de preferência, que protejam todas as partes do corpo contra os raios solares. É comum ver pescadores com blusas de mangas compridas e até de luvas. Boné, óculos de sol e protetor solar de grau forte são indispensáveis;
> Cuidado com as varas e anzóis. Mantenha distância de segurança das outras pessoas quando for arremessar a vara no lago.

GUIA
NO GRANDE ABC

>Pedra Branca
Site: http://ppedrabranca.com.br</CF>; tel.: 4342-3784)
Estrada do Matarazzo, 993, Riacho Grande, São Bernardo
Peixes: Pacu, Tambacu, Capas, Tilápia, Piau, Traíra, Pintado e Cat-fish.
Abre das 7h às 17h (só fecha às terças)
Entrada: R$ 30 (grátis até 10 anos)

>Sol Pescarias
(Site: www.solpescarias.com.br; tel.: 4342-7885)
Estrada Velha do Capivari, 6.776, acesso pelo km 37 da Imigrantes, São Bernardo
Peixes: Tilápias, Pacu, Tambaqui, Dourado, Piraputanga, Pirapitanga, Cat-Fish, Matrinxã, Piau, Corimba, Traíra, Patinga, Pintado e Carpas
Abre todos os dias, das 7h às 18h
Entrada: Depende da escolha entre os três lagos, mas varia de R$ 10 a R$ 50

OUTROS LUGARES
>Vale a pena colocar na lista também Tio Oscar e Maeda (em Itu) e Clube de Pesca Taquari (em São Roque). Informações nos sites: www.tiooscar.com.br, www.parquemaeda.com.br e www.centrodepescataquari.com.br.




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