Dá muita onda

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Marcela Munhoz

 

 

Surfista é surfista de terno e gravata, de salto, no consultório médico, nas férias. Quem realmente gosta de encarar as ondas dificilmente consegue ficar muito tempo sem. Então, quando arranja folga coloca a prancha no carro ou despacha no aeroporto em busca de novos destinos. O mercado de turismo tem sentido e se preparado para atender a demanda. Quando se fala no assunto, se pensa em agências de viagem especializadas, transportes, sistema hoteleiro e infraestrutura gastronômica.

Para se ter uma ideia, calcula-se mais de 3 milhões de praticantes do esporte no Brasil, sendo que R$ 7 milhões por ano seriam o valor gasto por admiradores e atletas no mercado do surfe. Isso sem contar a parte turística. E praia paradisíaca, do jeito que esse povo gosta, é o que não falta. Basta dar rápida procurada por onde são realizados os principais campeonatos da modalidade.

Mais próximo ao Grande ABC estão os destinos do Litoral Norte, como São Sebastião (Maresias) – cidade do Gabriel Medina. No Rio de Janeiro, dá para citar Saquarema. Além de Florianópolis, em Santa Catarina, Fernando de Noronha, em Pernambuco, e Itacaré, na Bahia. Pelo mundo, é inadmissível não mencionar o Havaí, onde todas as ondas são perfeitas. Coloque na lista Costa Rica, El Salvador, França, Portugal, Austrália, África do Sul, Indonésia, Maldivas e até Japão, onde o surfe vai estrear como modalidade olímpica.

ONDA É PRIORIDADE
Quem procura pelas agências de surf trips – sim, elas existem, sendo que o conceito chegou ao Brasil há três décadas, pelo menos – tem pedido primordial: mais do que ficar confortavelmente instalado, ser bem atendido e contar com tudo o que uma boa viagem de férias oferece, deseja surfar a onda perfeita. E os agentes de viagens da área sabem bem como ofertá-las. “Trabalhamos para que o viajante tenha condições de pegar a melhor onda. Para isso, analisamos, por exemplo, o nível de surfe do cliente. A gente quer que ele volte feliz”, conta Rafael Cursino, da Ocean Travel Trips & Experiences, de Santos.

E pode encarar a aventura todo tipo de turista, daquele que já manja do esporte até o que ainda toma caldo. “El Salvador, na América Central, tem ondas mais fáceis. Se precisar, fazemos surf camps, com aulas duas vezes por dia e disponibilidade de alugar equipamento”, explica.

Neste tipo de viagem é possível se hospedar em hotéis e, quem não quiser ficar longe do mar, em barcos também. Procuram as agências desde solteiros a famílias inteiras. Pacotes com grupos (incluindo só de mulheres), por exemplo, são a aposta da Widex Travel, do Grande ABC. “Fazemos estilo workshop mesmo, com instrutores para passar informações, ensinar. Pacote legal que está para acontecer é o de 20 pessoas com destino a El Salvador por dez dias. Gira em torno de R$ 4.000 para se hospedar em hotel”, conta Natalia Silva Moreti, da Widex.

E quem acha que o pacote se restringe ao que foi dito, está enganado. Geralmente, na equipe vai junto um cinegrafista e/ou fotógrafo para registrar o feito. De que adianta uma experiência como essa se não puder divulgar?

A ESCOLHA DO DESTINO IDEAL
Além do nível de surfe, quem escolhe fazer viagem tão específica precisa levar em conta também a tábua das marés de cada destino. “Peru e Costa Rica, por exemplo, são bons de março a setembro; já Caribe, de novembro a março. Indonésia, que é o sonho de todo surfista, fica melhor ainda de março a setembro. Tem também a questão da temperatura da água. Brasileiro não gosta de mar frio, então não curte muito ir ao Chile, que tem ondas boas”, explica Rafael Cursino, da Ocean Travel Trips & Experiences.

Na agência (que tem página no Facebook com o mesmo nome), os destinos mais procurados são Peru, El Salvador, Costa Rica e Nicarágua, pelo preço em conta. Pacote de uma semana custa cerca de R$ 3.000 por pessoa. Já os que sonham com Indonésia, Maldivas, Austrália e Havaí não desembolsam menos de R$ 8.000 por 15 dias. Na agência do Grande ABC, os países mais procurados batem com os de Santos. “Vem gente comprar para Costa Rica, Peru, El Salvador, Nicarágua e Ilhas Maldivas”, conta Natalia Silva Moreti, da Widex (www.widextravel.com.br).




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