Entre o drama e o riso

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Raquel de Medeiros

Foto: Michel Angelo / Record
Vanessa Gerbelli aposta na sétima Arte. Foto: Michel Angelo / Record

Eles esbanjam talento na TV. Ele, com a fama de crítico sem pudores e ela, na pele de mocinhas – e também vilãs – nas novelas. Os dois, no entanto, dividem a expectativa de projetos inéditos. Danilo Gentili estará à frente do novo programa da Band Agora é Tarde, com estreia programada para o mês que vem. Vanessa Gerbelli dará vida à Divina, no folhetim Vidas em Jogo, da Record, além de estar no elenco do filme As Mães de Chico Xavier, que acaba de entrar em cartaz. Saiba um pouco mais sobre a vida destes dois andreenses que têm em comum a paixão pelo trabalho. 


VANESSA APOSTA NA SÉTIMA ARTE

Pronta para viver a protagonista de Vidas em Jogo, a atriz Vanessa Gerbelli divide-se entre o marido, o filho de 4 anos e muito trabalho. Sua personagem viverá situação oposta. “Será uma mulher descontente com o casamento. É voluntariosa, expansiva e divertida. Estou muito feliz com o papel.”

A atriz também está em cartaz nos cinemas em As Mães de Chico Xavier, onde interpreta Elisa, uma mãe que vive com a ausência do marido e dedica a vida ao filho. “O público tem se revelado muito interessado nos filmes espiritualistas. Espero que deixe uma mensagem boa.”

Nascida em Santo André, estudou no extinto Centro Educacional Pirâmide e depois no Singular. Os pais de Vanessa ainda moram em São Bernardo, cidade onde ela cresceu. Hoje, a atriz reside no Rio de Janeiro para facilitar o cotidiano de gravações.

Vanessa começou a carreira na Rede Globo em O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco, em 2000. Ganhou destaque como Lindinha, que fazia de tudo para impedir o romance entre os protagonistas.

Apesar do sucesso na TV, ela declara preferência pela telona. “Gosto de atuar nos dois, mas prefiro cinema pelo resultado final”, diz ela, que participou de Os Desafinados (2008), de Walter Lima Jr., e Carandiru (2002), de Hector Babenco. “Apostando na sétima arte, aguarda ansiosamente a estreia de Matraga, do ex-marido, o diretor Vinícius Coimbra, prevista para este ano. “Participo como atriz e também como colaboradora no roteiro baseado no conto A hora e a vez de Augusto Matraga”. O filme também tem José Wilker e Chico Anísio.


GENTILI: NEM TÃO ÁCIDO ASSIM

Mais uma função surgiu dentro da enorme lista de afazeres de Danilo Gentili. Ele se divide entre a reportagem do programa CQC, da Band, a administração da casa de stand up Comedians – que ele abriu junto com o comediante Rafinha Bastos – e o  novo programa Agora É Tarde. Coisa que ele faz sem dificuldade. “Consigo assistir TV, ouvir música e mexer na internet ao mesmo tempo. Então, o resto fica fácil”, diz, bem-humorado.
O programa terá formato dos late nights norte-americanos. “Começará duas vezes por semana. Se o público gostar e a Band também vira diário, como todo late night deve ser”, afirma o humorista, que se inspira em David Letterman, Jay Leno e Jimmy Kimmel. Danilo é publicitário, porém, foi fácil perceber que o caminho era outro. “Decidi ser comediante porque não queria trabalhar”, brinca.

Andreense, diz que só não mora no Grande ABC por causa da distância. “O trânsito de São Paulo é cruel para quem precisa atravessar a cidade para chegar em casa todo dia. Mas Santo André mora em mim.” Gentili relembra de momentos especiais da infância, como quando morava na Rua Sevilha, número 3, no Parque das Nações.

O excesso de sinceridade nos comentários que posta no Twitter – muitas vezes beirando a falta de respeito – fez com que o comediante criasse inimizades e fosse alvo de críticas. Mas ele explica: são apenas piadas. “Alguns artistas usam o Twitter para puxar saco dos outros e fazer lobby e, me comparando com eles, devem achar que sou ácido. Mas, na real, só faço a função de humorista. Não me importo com lobby e politicagem e faço piada de tudo e todos, até de mim mesmo. Além disso, são apenas 140 caracteres. Não tem contexto, voz ou expressão. Então, fica mais fácil interpretar uma piada como algo amargo.”

Do futuro ele não sabe, considera impossível prever o caminho dentro da comédia. “Ao optar fazer piadas ao invés de puxar sacos posso me dar muito bem como me dar mal. Façam suas apostas.”. Para a vida pessoal, pelo menos, ele tem um plano. “Quando eu deixar de ser uma criança adoraria ter alguns filhos.”




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