Nos bastidores da história

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Miriam Gimenes <br> Do Diário do Grande ABC

A década de 1940 foi o auge da chamada Era do Rádio no Brasil. Principal meio de comunicação à época, ele – o aparelho – é o ‘ganha-pão’ de Saulo (Murilo Benício), um dos protagonistas de Nada Será como Antes, série que estreia hoje na Rede Globo, logo após Velho Chico. Escrita por Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão, com direção de José Luiz Villamarim (o mesmo de Justiça), a trama, dividida em 12 capítulos, contará os bastidores da chegada da televisão ao País.

Saulo roda o Interior para vender seus aparelhos e é por meio de um deles que ouve a voz de uma moça e se apaixona. Ao ver Verônica (Débora Falabella) pessoalmente, reconhece sua voz, e a convence a ir para o Rio de Janeiro com ele. “Trabalhar com a Débora é um presente. Além de me ajudar até mesmo na construção do personagem, ela me coloca facilmente nas emoções que tenho que alcançar em cena”, diz Murilo ao Diário, que desde Avenida Brasil (2012), quando se apaixonaram na vida real, não contracenava com a atriz.

Com um talento excepcional para identificar oportunidades, Saulo evolui vertiginosamente para um grande produtor e, em seguida, inaugura sua própria estação de rádio, a Rádio Guanabara. Mas ele quer mais: implementar a TV. Para isso, convence seu amigo e maior patrocinador, Otaviano (Daniel de Oliveira), a investir no seu sonho. Para tanto, grava em vídeo um anúncio com Beatriz (Bruna Marquezine), uma mulher deslumbrante e livre, que ganha a vida como cantora de boate, e exibe para o jovem, que não titubeia em custear, a TV Guanabara. Também está no elenco a andreense Letícia Colin, que faz Julia, irmã de Octaviano.

Guel Arraes destaca as grandes mudanças de comportamento que começaram nessa época e se refletiram ou foram provocadas pela televisão. “Por exemplo, muitas mulheres, por terem ficado famosas por causa do rádio e da TV, passaram a ser ouvidas pela sociedade e isso aparece no seriado com a Verônica e a Beatriz.” Apesar de os personagens e suas histórias pessoais serem totalmente fictícios, acrescenta, os acontecimentos históricos, sociais e políticos do Brasil que passam na série são reais e muitas das histórias dos bastidores da televisão também. Está imperdível.
 




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