Monólogo com atriz andreense discute banalização da violência

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Vanessa Ratti

 A violência segue sendo ignorada, mesmo com a enxurrada das notícias sangrentas de todos os dias. O monólogo Como Todos os Atos Humanos, em cartaz no Teatro do Núcleo Experimental (Rua Barra Funda, 637), em São Paulo, e interpretado pela atriz andreense Fani Feldman, traz história que fará lembrar as reportagens dos programas da tarde na televisão: grotescas e sangrentas. Na peça, Fani interpreta a Filha – como é nomeada –, que matou o pai a golpes de estilete nos olhos.

Em resumo, o espetáculo, em cartaz todas as quintas e sextas, às 21h, até o dia 21 de outubro, é sobre a banalização da violência. “É uma mulher que se vê diante de tragédia familiar. Por meio de linguagem poética, falamos sobre ímpetos de agressão, implícitos em pequenos atos, gestos”, conta a atriz.

Assinando a dramaturgia e sozinha em cena, a andreense gostaria que o público saísse do espaço fazendo reflexões sobre a vida. “A ideia é que as pessoas sejam tocadas. A plateia quer passar por experiências e está aberta a isso”, revela. Além disso, para ela, a interpretação é mistura de poesia e horror. “Ao mesmo tempo que é poético o que acontece em cena é terrível e sabemos também que é a realidade”, completa.

A artista exalta a importância da Cia do Sopro, que Fani ajudou a fundar. “Estamos no segundo ato e mesmo os materiais sendo meus, é uma equipe”, diz. A atriz tem planos de trazer Como Todos os Atos Humanos para sua cidade natal. “Tenho formação de teatro andreense e penso, sim, em me apresentar aí”, conclui.

> Como Todos os Atos Humanos - Peça. No Núcleo Experimental – Rua Barra Funda, 637, São Paulo. Todas as quintas e sextas, às 21h. Até 21 de outubro. Ingr.: R$ 40 (www.compreingressos.com).




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