Coquetel Dress

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Andréia Meneguete

Foto: Divulgação
Vestido criado nos anos 1920 é o queridinho da vez. Foto: Divulgação

Ele surgiu na década de 1920, bem após a Primeira Grande Guerra Mundial, numa época em que a mulher se sentiu mais livre para a escolha da própria roupa. Em um tempo em que os estilistas ainda não eram reverenciados pela ala feminina, os costureiros tomaram o papel de verdadeiros amigos da mulher e resolveram atender o pedido: uma peça que remetesse sofisticação em encontros sociais. Foi aí, então, que o coquetel dress entrou em cena no guarda-roupa das damas norte-americanas. "Antes disso, as mulheres tinham apenas o vestido-de-chá como traje para ocasiões não tão formais", explica Débora Carammaschi, professora de História da Moda do Senac. Com um modelo caracterizado por ter comprimento até a altura dos joelhos e com a proposta de revelar os braços e os ombros, o vestido era produzido apenas em tecidos nobres, como o cetim, o veludo, a cambraia, além de receber adornos e muitos bordados, que valorizavam a elegância da peça. Em 1961, Hubert Givenchy, responsável pelo figurino da atriz Audrey Hepburn no filme Bonequinha de Luxo, dá novas formas ao coquetel dress, que ganha um modelo mais acinturado e, às vezes, até balonê.


CENÁRIO MODERNO

Luxos e detalhes à parte, o vestido se tornou peça curinga e acompanha a mulher moderna quando o assunto é o que vestir em compromissos profissionais, jantares ou festas de aniversários. "Mesmo sendo sofisticado, traz certa informalidade, o que facilita seu uso no dia a dia", explica a professora de Moda da Escola Panamericana de Artes Luara Proença.

Para a editora de moda do portal OQVestir Rosana Sperandéo, são os acessórios que determinam onde pode ser usado o coquetel dress. "Sapatilhas e cabelos soltos servem para um evento mais descontraído, como cinema e passeio com as amigas. Já a produção complementada com brincos, colares pesados, sandálias altas e cabelos presos por um coque é indicada para um evento mais sofisticado", explica a especialista. O brilho do tecido não pode ser deixado de lado quando o desejo for incrementar o look. Babados, drapeados e brocados podem ser inseridos nos modelos que exigem total elegância. "Ele até pode ser usado em casamentos, mas desde que a pessoa seja somente convidada. Madrinhas, nem pensar!", alerta a estilista Juliana Ariza.

Para as festas de noites de verão, que são marcadas pelo clima quente e úmido, o modelito cai perfeitamente e agrega charme e muito conforto à composição. "Para esta ocasião, escolha um coquetel dress feito em tecido de algodão, com movimento e até estampas leves. Na virada do ano aposte em uma opção mais luxuosa nas cores branca, prata ou dourada. Isso, claro, se não for na praia", sugere a editora de moda Rosangela Sperandéo.




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