Universo quase desconhecido

Envie para um(a) amigo(a) Imprimir Comentar A- A A+

Compartilhe:

Vinícius Castelli

 Entrar no aeroporto, fazer check-in, despachar bagagem, enfrentar fila, tomar um café, apresentar cartão de embarque, cuidar do passaporte, procurar o lugar no avião, dar aquela rezadinha básica (ou não) e seguir para o destino desejado. Viajar de avião é maratona e, para que tudo corra bem, muita gente trabalha fora do alcance do grande público.

Para ver um pouco mais de perto como toda a engrenagem funciona, o Diário participou do 6º Workshop GOL para Imprensa – Os Bastidores da Aviação. Em Diadema, onde funciona o centro de treinamento da Gol, o Presidente da companhia Paulo Sérgio Kakinoff tirou diversas dúvidas e deixou todo mundo tranquilo sobre o processo de arremetida. Não sabe o que é? É quando o avião está quase pousando e, de repente, os motores ganham força novamente e o avião volta a subir. Isso acontece quando há alguma adversidade, como rajada de vento.“Isso dá muito trabalho, o piloto apenas aperta um botão”, diz Kakinoff, em tom de brincadeira.

E o medo daquelas situações de turbulência, em que as máscaras caem para que os passageiros possam respirar tranquilamente? Segundo Dan Guzzo, gerente-executivo de segurança operacional da Gol, um avião leva em média quatro minutos para alcançar altitude correta para que a tripulação volte a respirar normalmente. As máscaras de oxigênio duram, em média, 22 minutos. Entre outras curiosidade, está a de que se há atraso em solo ou em voo, a companhia perde dinheiro. “Avião só gera receita voando. Se atrasa um voo por cinco minutos, atrasa o dia todo. É atraso em cadeia”, explica Kakinoff.

Você sabia que no Brasil o combustível para abastecer uma aeronave custa em média 40% mais caro do que no resto do mundo? Isso explica a razão de, muitas vezes, uma passagem de São Paulo para Recife custar mais caro do que de São Paulo para Buenos Aires, na Argentina. Os trechos têm quase a mesma distância. E o preço de um avião? Custa aproximadamente R$ 90 milhões.

A reportagem participou também de um voo simulado em Diadema, como se a viagem fosse do Aeroporto Internacional Tom Jobim com destino ao Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro. Tudo funciona como em uma situação real. E da janela dianteira é possível observar o mar, o Pão de Açúcar e até o Cristo Redentor. Pouso autorizado e viagem realizada em ótimas condições sob as mãos dos comandantes Allemand e Posi.

No Aeroporto de Congonhas, antes do embarque ao Rio de Janeiro (este de verdade), o comandante Leonardo Constant apresentou sala onde a equipe se encontra todo dia, antes das decolagens. Muitas vezes, os comissários de bordo e os pilotos, se conhecem minutos antes de uma viagem. Nem sempre a mesma equipe voa constantemente. Nesse espaço os profissionais ficam sabendo das condições meteorológicas. De São Paulo ao Rio, uma aeronave decola com cerca de 6.500 litros de combustível, mas usa apenas, nesse trecho, 2 mil litros. O restante é para uma emergência.

Já no Aeroporto Tom Jobim, a reportagem visitou o Centro de Operações do espaço. Segundo Carlos Rodriguez, responsável pelo local, de lá eles olham tudo, as pistas e os serviços em geral, para que os cerca de 45 mil passageiros diários possam ir e vir tranquilamente.

O jornalista viajou a convite da Gol Linhas Aéreas Inteligentes




Diário do Grande ABC. Copyright © 1991- 2024. Todos os direitos reservados