Paixão pela boa viola

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Vanessa Ratti

 É fato que as mulheres estão sacudindo o mercado sertanejo. Muitas duplas têm garantido o primeiro lugar no gosto dos amantes da música do Interior. Mas Bruna Viola apostou na carreira solo, vem chegando pelas beiradas e está conquistando cada vez mais seu espaço. Ela está em fase de divulgação do seu primeiro DVD, Melodias do Sertão (Universal Music, R$ 29,90, em média), gravado no Vila Country, em São Paulo. Outro diferencial da flor mato-grossense – como é chamada carinhosamente pelos fãs – é que ela conquistou também o público mais velho, pois representa muito bem a moda de viola e a música caipira, a de raiz.

À beira dos seus 22 anos, Bruna tem fortes referências na música e na vida. “O meu bisavô ouvia muito sertanejo de raiz, comecei a gostar e pedi para a minha mãe uma viola”, conta. A cantora ainda revela que há personagens sertanejos importantes que fizeram o amor pelo instrumento e pelo estilo aumentarem. “Inezita Barroso é a minha rainha e da viola também. O Tião Carreiro é o rei. Sempre escutei e, inclusive, regravei alguns sucessos de Tião no meu disco e DVD”, completa. A admiração é tanta pelo cantor, que Bruna tatuou o rosto de Carreiro em seu antebraço esquerdo.

A menina tímida do campo nunca pensou em chegar onde está e revela que o sucesso do trabalho tem sido conquistado de forma natural. “Estava quietinha no meu canto, mas já tenho 12 anos de carreira e não almejei desbancar ninguém. Quero ir mais longe com a música raiz e gravar moda de viola, só isso”, explica.

A artista, que domina a viola nos shows, também tem feito muito sucesso na internet. São mais de 500 mil visualizações só na música Você Não Sabe (Quero Ver), disponível no YouTube. Além dessa, a canção em que Bruna aparece com a dupla César Menotti & Fabiano, Se Você Voltar, foi assistida pouco mais de 1 milhão de vezes. Ambas são exibições do DVD gravado. “A gente traçou uma meta: música raiz de um jeito diferente e mais romântico. Modernizei até o meu figurino, mas sempre pensando em levar ao público quem sou, isso é o que importa”, comenta. Com 19 músicas, apenas Pagode do Tiquim é composição de Bruna. Na obra, ela também regravou Viola Divina e Rio de Lágrimas (Rio de Piracicaba), de Tião Carreiro.




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