O mar quando quebra na beira da praia é bonito

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Miriam Gimenes

Ninguém cantou o mar como o baiano Dorival Caymmi. E é impossível subir em uma escuna, que sai do porto de Paraty, e não pensar em seus versos. Ainda mais com a paisagem que se encontra no passeio, que dura das 11h até as 16h e sai, em alta temporada, R$ 35 por pessoa.

Repletas de famílias, casais apaixonados e até crianças, as escunas costumam fazer, pelo menos, três paradas (duas em praias e uma para mergulho) durante todo o dia. A escuna Banzay, por exemplo – que já testei duas vezes e aprovei –, vai até o Saco do Mamanguá. Antes, faz uma parada na Praia do Engenho e na Lagoa Azul e, conforme o tempo, também passa na Ilha Comprida, onde é possível mergulhar e dar pão aos ‘sargentinhos’. O almoço não está incluso no valor do passeio e os ingressos podem ser comprados antecipadamente no site escunabanzay.com.br.

TRINDADE

Tridade é um vilarejo a 30 quilômetros do trevo de Paraty, localizado em área de proteção ambiental. Na década de 1970, uma empresa multinacional apareceu reclamando o direito de posse da área para construir um condomínio de luxo. A população, junto ao apoio de artistas e intelectuais, conseguiu vencer esta luta na Justiça, mantendo a posse de suas terras.

E, com isso, manteve suas praias tão belas, preservadas e com um ‘quê’ especial difícil de encontrar em outras areias. Quem segue pela estrada, em direção a Trindade, chega à Praia do Cepilho, a preferida dos surfistas. Um barzinho localizado estrategicamente acalma a sede, a fome e o cansaço. Basta atravessar o riacho, seguir alguns metros que chega-se ao centro da Vila.

Se quiser um pouco de sossego e estiver com crianças, a indicação é a Praia do Meio ou dos Codós. Trata-se de uma pequena baía de águas límpidas, com uma série de formações rochosas de onde se veem as outras praias e o mar aberto. Não tem estrutura porque é de proteção ambiental, portanto recomenda-se levar cadeiras e cangas.

No fim da praia há um pequeno riozinho e uma trilha que leva à Praia do Cachadaço – nesta, recomenda-se cuidado, por conta da forte correnteza.

Se bater a fome, a dica principal: volte à vila e almoce um prato-feito no restaurante Laricas. A R$ 29 por pessoa, você vai saborear, com certeza, o melhor arroz e feijão que já provou.


PARATY-MIRIM

Agora, se a ideia é conhecer uma praia deserta, calma e bela, a indicação é passar um dia em Paraty Mirim, cujo acesso é feito pela Rodovia Rio-Santos em direção a São Paulo até o Km 154,5, onde há uma entrada à direita. Atravessa-se a estrada e segue-se pelo caminho de terra – que guarda uma reserva de índios guaranis, preservada pela Funai –, até chegar a uma praia incrivelmente bela, onde está a igreja Nossa Senhora da Conceição, construida em 1746, cartão-postal do lugar.

A orla tem 700 metros de extensão, poucos quiosques e uma tranquilidade singular. Se quiser, dá para fazer passeio de barco para algumas praias próximas que custa, em média, R$ 100, dividido entre quatro ou cinco pessoas.  




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