Criatividade na hora de ganhar dinheiro

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Tamyres Scholler

Foto: Divulgação
Esses maravilhosos mosaicos serviram de inspiração para a designer britânica, Lisa Whatmough, que adaptou o patchwork em móveis ousados, que dão um toque de modernidade e estilo aos ambientes. Ela expõe e vende suas mobílias na charmosa galeria Squint Limited, em Londres. Os preços não são muito atrativos, porém as peças são únicas e de bom gosto. Foto: Divulgação

Quem pensa que costurar retalhos é fácil tarefa ou coisa de velho, está muito enganado. Existe uma técnica chamada patchwork, traduzida literalmente por ‘trabalho com retalhos’, que une tecidos de vários formatos e de cores diferentes, em peças caprichosas e coloridas.

Tudo começou com nossos ancestrais, que tinham a prática de juntar pedaços de peles dos animais para produzir vestimentas e manter o corpo aquecido, se protegendo do frio. Há indícios desse jeito de costurar desde a Antiguidade e Idade Média, quando os cavaleiros colocavam acolchoados dentro das armaduras para maior segurança nas batalhas.

Muitos anos depois a ideia é trazida pelos colonizadores ingleses até os Estados Unidos, onde mais tarde surgiu a expressão: patchwork.

Desde então, principalmente as mulheres, designadas ao ofício de ‘corte e costura’, se reuniam em torno de lareiras ou dentro de suas casas para tecer, com velhos pedaços de pano, que viravam colchas e mantas para o lar.

E antes de começar a cortar tudo que é pano, vale a pena correr atrás de aulas especializadas que ensinam a prática e lhe dão os moldes que podem ajudar na criação de bolsas, almofadas, cintos, enfeites, chinelos e até na aplicação em roupas.

Tudo vai depender de sua criatividade, como diz a artesã Maria Auxiliadora Fusaro Serra, 43 anos, mãe de dois filhos pequenos, que preenche seu tempo no artesanato: “É uma atividade que faço quando quero sem interferir o meu papel de mãe” acrescenta.

Devido à grande procura na região, alguns ateliês já oferecem esse tipo de curso.
Eliana Candido, 45, é dona da loja Elemento Terra, em São Caetano, e segundo ela as pessoas procuram o artesanato porque querem ter uma renda extra ou buscam uma terapia alternativa.

Na loja, que funciona também como uma oficina de arte, os cursos vão desde a pintura em madeira até o carro-chefe que é o patchwork. “Já fazia há muito tempo por hobby, minha família que veio do Sul tem essa tradição, porém tive que adaptar os conhecimentos do que eu fazia à mão, para a máquina de costura” afirma Eliana que está nesse ramo há seis anos e têm entre seus alunos algumas crianças, “aprender nunca é demais, e isso acaba estimulando a criatividade” completa.




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