Brasileira Lygia Fagundes Telles é indicada ao Nobel da Literatura

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Marcela Munhoz

 Não há maior prêmio para um escritor do que um Nobel da Literatura. Criado em 1901, é atribuído a autor de qualquer nacionalidade que tenha produção de destaque. E Lygia Fagundes Telles, 92 anos, pode ser a primeira a ganhar tal mérito, embora outros brasileiros como Ariano Suassuna, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar já tenham sido sondados. O nome de Lygia foi indicado ontem pela Ube (União Brasileira de Escritores) para a Academia Sueca, que é quem decide o vencedor. O anúncio é feito em outubro.

“Lygia é a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção literária é inquestionável”, diz o presidente da entidade, Durval de Noronha Goyos, em comunicado. A escritora paulistana, autora de importantes obras como As Meninas e As Horas Nuas, já recebeu prêmios como Camões (2005) e Jabuti (1966 e 1974). Seus livros já foram traduzidos para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco e tcheco, além de ter obras adaptadas para o cinema, teatro e televisão.

“Lygia está de parabéns, é um orgulho para nós. A indicação também vai fazer com que muitas pessoas, incluindo a nova geração, descubram as obras dela. Além disso, deve possibilitar releituras. O mundo vai olhar para a Lygia como merece. Nos resta comemorar e torcer para que ela ganhe e que outros brasileiros também sejam reconhecidos”, opinia Ana Maria Guimarães Rocha, presidente da Academia Popular de Letras de São Caetano.




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