Literatura inspira escritor andreense a perder seus medos

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Caroline Garcia<br>Do Diário OnLine

Há pouco mais de dois anos, quando lançou o primeiro livro, o estudante de Santo André Luiz Henrique Mazzaron, 21 anos, ainda se considerava tímido, inseguro e não se sentia confortável para tomar iniciativa para inciar um diálogo. Hoje, no lançamento de seu segundo livro, afirma que a literatura o ajudou também a vencer seus medos.

“Máscara (primeiro livro) me forçou a vencer inseguranças que sempre me impediram de aproveitar oportunidades. Passei a ser menos travado para conversar, a conseguir iniciar um diálogo com outra pessoa, a ser mais extrovertido em público.Continuo tímido, mas bem menos do que em 2013, ano em que o livro foi lançado.”

Com 200 exemplares, sua segunda obra, O Sol Perdido (Editora Arwen), é parte de uma trilogia e demorou aproximadamente oito meses para ser escrito. “ Não sigo uma rotina, até mesmo evito criar uma. Como não tenho prazos nem nada, só aguardo aqueles momentos em que a vontade de escrever se torna insuportável e começo a trabalhar. Sempre com uma boa playlist de músicas e um copo de chá a postos.”

Sobre a comparação no processo de escrita com o primeiro livro, Mazzaron afirma que se sente mais à vontade e seguro com os desenrolares das tramas. “Não se torna mais fácil, senão até mais difícil, pois você acaba se tornando cada vez mais perfeccionista naquilo que está escrevendo. Com essa ''experiência'' que adquiri ao longo dos anos, já posso ter mais segurança de saber onde pisar ou não pisar, em que áreas posso ousar e onde não posso. Essa flexibilidade e confiança é realmente algo que só o tempo pode trazer.”

O enredo de O Sol Perdido é baseado em games RPG, magia, castelos, dragões e princesas típicos da literatura fantástica. “Conta a história de um grupo de ladrões que rouba da nobreza e ajuda a massa necessitada, mais ou menos como Robin Hood. E em um desses roubos, se veem em um conflito político envolvendo a sucessão do trono e terão de viajar pelo mundo de Illusa em busca do rei do Norte, que desapareceu levando consigo o anel real.”

Entusiasmado com as críticas, o estudante costuma caçá-las pela internet. “É uma alegria muito grande para mim receber esses feedbacks, sejam eles positivos ou negativos. Vibro a cada resenha que tece elogios e aprendo a cada resenha que contenha críticas. Faz parte de ser escritor saber lidar com as duas faces da moeda.”

Embora escrever seja uma paixão de Mazzaron, ele ainda pretende deixar somente como um passatempo para as horas de folga da faculdade de Ciência e Tecnologia da UFABC (Universidade Federal do ABC). “Pretendo me especializar em Neurociência ou Engenharia Biomédica, que no fim acabam convergindo para a área de biológicas que tanto gosto. Assim, com toda a carga de estudos, acabei deixando a escrita como um hobby mesmo.”




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