O eterno Chet Baker

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Vinícius Castelli

O som de um dos trompetes mais conhecidos do mundo ‘volta a tocar’ nos palcos. Nome de suma importância no cenário do jazz mundial, Chet Baker (1929-1988) retorna à vida no corpo de outro artista, o cantor e compositor da banda Titãs Paulo Miklos, que estreia no universo do teatro com a peça Chet Baker, Apenas um Sopro.

O espetáculo abre temporada hoje, às 20h, em São Paulo, no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, com sessão as segundas, quartas e quintas. A peça segue em cartaz até 7 de abril. Os ingressos custam R$ 10 e podem ser comprados na bilheteria do local ou pelo site www.ingressorapido.com.br.

Com direção assinada por José Roberto Jardim, Chet Baker, Apenas um Sopro tem como cenário um estúdio de gravação e narra trecho delicado da vida do músico autodidata norte-americano. Nos anos 1960, nas ruas de São Francisco, ele foi espancado, teve os lábios rachados e perdeu alguns dentes, tendo que interromper a carreira por um tempo. A briga teria sido motivada por dívida com traficantes.

A peça transcorre também sobre a primeira sessão de gravação do artista depois do acidente. Sua convivência com os músicos que o acompanham no estúdio e que enfrentam outros tipos de problemas também é abordada.

Miklos está animado com o espetáculo e na expectativa de encontrar público diferente do que está acostumado com sua banda e com o que atrai para o cinema. “E para isto estou me aplicando no processo de preparação para o espetáculo. É um grande aprendizado para mim. Esta é a oportunidade que desejava para estrear no teatro e que agora se realiza unindo minha experiência de atuar no cinema, somada à minha história nos palcos com a música. Minhas duas paixões se encontram”, declara.

Ainda segundo o artista, a peça contém muita música e drama, assim como era a vida de Baker. No elenco, além de Miklos, está a atriz, cantora e dramaturga Anna Toledo, além dos atores e músicos Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos.

Para Miklos, o trompetista era um artista brilhante e talento natural, “aprisionado pela droga e pela autocomplacência. Chet  é um dos meus ídolos, muitos deles morreram ainda mais jovens, nenhum sobreviveu à própria genialidade. Respiraram música acima da vida”, afirma ele.

Chet Baker começou a tocar aos 13 anos, quando ganhou um instrumento de seu pai. Casou-se três vezes e teve quatro filhos. Manteve o vício pelas drogas por 30 anos. No palco e nos estúdios, foi parceiro de nomes como Charlie Parker, Stan Getz e Gerry Mulligan.Morreu em 1988, quando caiu do segundo andar de um hotel na Holanda.

Chet Baker, Apenas Um Sopro –Teatro. No Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Álvares Penteado, 112. São Paulo. Tel.: 3113-3651. De hoje a 7 de abril, às segundas, quartas e quintas, às 20h. Ingr.: R$ 10 (no local e pelo site www.ingressorapido.com.br.




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