Região perde atriz e professora de teatro

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Marcela Munhoz

 Em 1996, ela recebeu a notícia de que teria dois anos de vida, por conta de uma metástase, e a primeira coisa que pensou foi: “Preciso viver bem”. E viveu mais 20 anos. Viveu tão bem e tão intensamente que deixou um legado nas artes e na vida das pessoas que a conheceram. Lídia Zózima Sampaio morreu ontem aos 58 anos e deixou duas filhas. Ela era atriz, professora da Fundação das Artes e de Expressão e Preparação Corporal da Universidade Municipal de São Caetano, e lutava contra um câncer de mama que reapareceu em meados de 2009.

“Lídia é formadora de grandes artistas e dedicou a vida para a arte. Como professora de Expressão Corporal passava os princípios básicos da formação que os atores precisam para o seu corpo, além da importância de conduzir a vida com caráter e generosidade. Despertava para a importância do autoconhecimento. Amava tanto o que fazia que trabalhou e criou até o fim. Fez questão de ver a apresentação dos seus alunos”, descreve o amigo, dramaturgo e ator Kleber Di Lazzare. “Ela vai deixar saudades e mais do que isso: deixa sua missão devidamente cumprida.”

Um de seus alunos na Fundação foi o ator Fábio Assunção que, em sua página no Facebook, prestou sua última homenagem. ‘Estive com ela pela última vez no espaço Viga, ano passado, quando, mesmo com muita dificuldade, fez questão de me prestigiar no Dias, com aquele sorriso dela que já tinha se tornado um clássico. A conheci em 1989 e ela transformou minha maneira de me relacionar com a arte. Dedicou a vida ao teatro, à familia e às suas centenas de alunos. Tive a sorte de ter sido um deles. Saudades, mestra!’




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