Doze mulheres com um mesmo ideal: fomentar uma revolução socialista. Esse é o pano de fundo do espetáculos Guerrilheiras ou Para a Terra não Há Desaparecidos, que estreia no dia 15, no Sesc Belenzinho, em São Paulo.
Idealizado pela atriz Gabriela Carneiro Cunha e dirigido por Georgette Fadel, a peça conta a história dessas brasileiras que lutaram e morreram em um dos mais violentos conflitos armados da ditadura militar (1964-1985), a Guerrilha do Araguaia, que aconteceu entre os estados do Pará e Tocantins na floresta amazônica e reuniu cerca de 70 pessoas, entre o fim da década de 1960 e meados da década de 1970.
No total, foram 17 mulheres que saíram de diversas cidades do País para participar do movimento guerrilheiro que pretendia derrubar o regime militar e tomar o poder cercando a cidade pelo campo. Por meio de um diálogo entre a ficção e documentário, o espetáculo é um poema cênico criado a partir da história dessas mulheres, de sua luta e das memórias do que elas viveram e deixaram naquela região. A peça também busca iluminar esse importante episódio da história do País ainda tão nebuloso.
Guerrilheiras – Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1.000. Tel.: 2076-9700). Em cartaz até dia 31. Sextas e sábados, às 21h30 e domingo, às 18h30. O ingresso custa R$ 20 (inteira).