‘Leitura de Bolso’ chega por mensagem

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Miriam Gimenes

Não há desculpa para deixar a leitura de lado. Até mesmo os fanáticos por tecnologia, que vivem com smartphone em punho, já têm uma nova ferramenta para aumentar a bagagem literária: o projeto Leitura de Bolso. Em vigência há apenas um mês, a iniciativa idealizada por Julian Vilela e Paulo Santos, da Isobar Brasil, envia diariamente por WhatsApp trechos de livros que podem ser ‘devorados’ em, no máximo, cinco minutos.

A ideia surgiu por conta de uma triste realidade: pesquisa feita no ano passado apontou que 70% dos entrevistados não havia lido um livro sequer. “Tivemos de pensar em soluções para mudar isso e levar literatura pelos meios digitais. Daí surgiu o projeto”, explica o diretor executivo de criação da Isobar, Mateus Braga. Para participar, basta se inscrever no site (www.leituradebolso.com) e, diariamente, pela manhã, passará a receber a leitura, disponibilizada em doses homeopáticas. Por enquanto, apenas o escritor Roberto Klotz cedeu suas obras para o projeto. “Mas estamos abrindo para todos. Quem quiser se cadastrar e mandar seu conteúdo pode ficar à vontade. Não precisa ser autor com material publicado, basta ter vontade de escrever”, diz Braga.

Leitor é o que não vai faltar. Em apenas um mês de funcionamento, a expectativa de interessados era de cerca de 500 pessoas. “Mas já contabilizamos 10 mil (números) cadastrados. É muito mais do que imaginávamos quando começamos”, comemora o diretor. E o trabalho tem ecoado em todos os cantos do País. Até um professor do interior da Bahia pediu a permissão de usar os textos em sala de aula com os alunos. “Sabemos que existe o romantismo de pegar o livro, com o cheiro do papel, confesso que também gosto disso. Mas quem sabe com essa leitura diária a pessoa não fique tentada em comprar uma obra física e siga com a prática?” Tomara.




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