Hip hop ganha espaço em Mauá

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Vinícius Castelli

Arte para salvar vidas, para entreter, para educar. O hip hop tem outra grande vitória na região e ganha endereço fixo em Mauá. A partir de agora a população poderá aprender, se encontrar e se divertir no Espaço Multiuso – Casa do Hip Hop, inaugurado ontem, dois dias antes do aniversário de 61 anos da cidade, na Rua David Boscariol, Vila Magini.
 
 
O evento de abertura contou com a presença do prefeito Donisete Braga (PT), do secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Erisson Miranda Pessoa, e de outras personalidades da cidade. Pessoas do movimento cultural também compareceram para ver de perto o espaço, que conta com duas salas multiuso, auditório e estacionamento e teve investimento total de R$ 340 mil.
 
Música, break e grafite ao vivo fizeram parte da abertura da casa. A ideia é que pouco mais de 50% das atividades seja voltado ao hip hop. Outras atividades, como dança e oficinas, também serão oferecidas no local.
“Discutimos esse tema em 2012, no plano de governo. Hoje estamos cumprindo isso, para que a juventude tenha referência”, disse o prefeito. Para ele, um dos principais pontos positivos de abrir o espaço é que é uma chance de tirar as pessoas da violência e do vício das drogas. “O poder público pode recuperar muitos jovens”, completou
Donisete, que dançou com os jovens, assumiu as pick ups e até grafitou no muro principal.
 
Coordenador da Casa do Hip Hop, Mano Rogério contou que essa luta, para que a cidade tivesse esse espaço, começou em 1998. “Isso foi conquistado, foi muito grito, muito rap. Esse espaço é de toda a população de Mauá”, disse o artista.
 
Até uma mostra coletiva, Grafite em Foco, já pode ser apreciada pelos visitantes. O trabalho, com curadoria de Ale Lopes, apresenta obras de nove artistas da nova geração de grafiteiros. Um deles, Rodrigo Creper, espera que o Espaço Multiuso possa ser usado por toda a população. “Estamos começando hoje e fazermos a exposição na abertura foi uma boa”, comemorou.
 

Responsável pelas oficinas de grafite, Eduardo dos Santos Portobello, conhecido como Boné, está animado e acredita que a casa poderá ajudar muitos jovens. “O hip hop entra no beco e troca ideia com a molecada. É a voz da periferia. Poderemos ajudar muita gente.” 




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