Último filme da saga ‘Jogos Vorazes’ fecha ciclo com maestria

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Caroline Ribeiro

Chega aos cinemas da região o fim de mais uma trilogia literária de sucesso. Jogos Vorazes: A Esperança – O Final estreia hoje no Brasil – dois dias antes de invadir os cinemas norte-americanos – com o desfecho da saga de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) contra a violenta Capital. Os fãs ficarão satisfeitos ao verem que a adaptação pensada para as telonas segue com fidelidade a história contada no livro, até mesmo no ritmo de leitura. As mudanças são de pouca importância e, algumas, inevitáveis. Devido a morte do ator Philip Seymour Hoffman, em 2014, cenas que deveriam ser protagonizadas pelo personagem Plutarch acabaram espalhadas entre outras figuras da trama, por exemplo.

O clima de conflito característico de Jogos Vorazes aparece, desde o início, com Katniss tentando lidar com a situação torturante em que se encontra Peeta (Josh Hutcherson) após ter sua mente envenenada pela Capital, o que resulta no ódio e desejo de vingança do garoto contra ela. A complicação é essencial para que a jovem decida que precisa erradicar o poder de manipulação maligna do governo de Panem, tomando como objetivo a morte do Presidente Snow (Donald Sutherland).

O longa retoma pontualmente a história de onde parou o filme anterior, A Esperança – Parte 1 (2014), sem grandes recapitulações de eventos. Quem não acompanha a saga pode ser que se sinta um pouco perdido até entender a situação da protagonista. Por isso, os diálogos e posicionamento dos personagem no momento inicial do longa-metragem são imprescindíveis para que se entenda a verdadeira essência da história.

A Esperança – O Final começa um pouco mais lento, porém logo deixa o espectador totalmente envolvido com os tensos acontecimentos. Há muita aflição com a jornada dos personagens que, ao entraram na Capital, se deparam com situações limites e armadilhas mortais o tempo todo. O quarto capítulo traz a maior carga dramática e de ação da série. Para quem não conhece a história presente nos livros da escritora Suzanne Collins, o filme é bem tempestuoso se levado em conta o fato de que trata-se de universo criado para um livro infanto-juvenil.

Um dos maiores trunfos da franquia – com cerca de 2,3 bilhões milhões acumulados em todo o mundo antes mesmo da estreia de seu encerramento – talvez seja a presença de Jennifer Lawrence como Katniss. A atriz traz com vivacidade a essência da personagem que, de forma manipulada, se vê no lugar de líder e de símbolo de grande revolução. A intensidade de Jennifer faz com que ela não precisa de cenas com longos diálogos para demonstrar a forte personalidade da protagonista. Ela assume o papel de Tordo e faz as escolhas necessárias e certeiras em prol de toda a Panem, assim como a estrela norte-americana deu flechada perfeita ao se envolver com Jogos Vorazes.




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