Canal do Panamá: incrível de se ver

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Vinícius Castelli

 Há coisas na vida que tem de ver para crer, ainda mais quando o homem desafia o rumo o natural, muda o curso das águas e a rota das navegações. Assim é o Canal do Panamá. Inaugurado em 15 de agosto de 1914, o caminho corta por 80 quilômetros o Panamá e junta o Oceano Pacífico ao Atlântico.

Na Cidade do Panamá, na eclusa Miraflores, no lago artificial de mesmo nome, é possível fazer a visita ao canal e ver como funciona a passagem das embarcações, que chegam a carregar, acredite se quiser, até 5.000 containers cada. Além dessa, a via conta com outras duas eclusas: Gatún Lake e Pedro Miguel. Impressionante testemunhar o nível de água subindo e descendo para que as embarcações possam seguir viagem.

Em 1880, franceses começaram as obras. Com pouco investimento, problema de saneamento e doenças como malária e febre amarela, que mataram muitos trabalhadores, a França deixou o projeto de lado e os Estados Unidos compraram o direito em 1904. Para abrir caminho para que a água doce pudesse servir de asfalto para as embarcações, foram necessários 30 mil quilos de dinamite.

Hoje, em poder do Panamá, o canal é responsável por gerar cerca de 10 mil empregos e pelo tráfego de 15% da carga marítima e seus principais usuários são Estados Unidos, China, Chile, Japão, Colômbia e Coreia do Sul. Cerca de 1 milhão de visitantes ao ano matam a curiosidade para ver as compotas se abrindo e fechando em Miraflores enquanto os navios atravessam de um lado para o outro.

Entre 35 e 40 navios cruzam de um oceano ao outro pelo Canal do Panamá, gerando receita de cerca de R$ 32 milhões ao dia. No espaço aos visitantes, além de um café, há um belo museu que conta toda a história de sua criação, tipos de embarcações que cruzam a via, objetos antigos usados para sua construção e até um simulador da cabine de um navio chegando para a travessa do canal. O ingresso custa cerca de R$ 60.

Mata virgem está perto da cidade grande
Não distante do barulho da cidade, é possível ter contato profundo com o silêncio, mata, água doce e animais. A 27 quilômetros do Centro da capital está o Parque Nacional Soberania, e nele, o hotel Gamboa Rainforest Resort, que soma 137 hectares de terra, sendo 37 de construção. Munido de 166 quartos, o local oferece duas piscinas com cascatas, três restaurantes, bar e o melhor, uma vista para lá de privilegiada do Rio Chagres, o maior do Panamá, com 128 quilômetros de extensão.

Além de descansar, os hóspedes podem adentrar na mata e de maneira inusitada. Há um teleférico que leva o turista ao alto da montanha. Como a visita é guiada, dá para saber da fauna e flora locais. Impossível sair de lá sem ver ou escutar o canto dos tucanos. Lá do alto, além de enxergar boa parte do rio, é possível vê-lo abastecendo o Canal do Panamá. Cuidado com as cobras, são mais de 126 espécies do bicho. Ranário, borboletário, passeio pelo rio e visita em aldeia indígena também são opção.

Mais informações a respeito do local podem ser vistas no site www.gamboaresort.com.




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