Anitta mira no pop e acerta

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Marcela Munhoz

Aos 22 anos, Anitta já não é mais adolescente faz tempo. Não que seu lado ‘garota provocadora’, tipo Lolita, não faça mais parte da sua personalidade nem do seu trabalho. Porque faz (e muito). Mas o que se viu durante a coletiva de imprensa de divulgação de Bang (Warner Music), terceiro álbum de inéditas da cantora, foi uma mulher que sabe o que quer, que faz questão de controlar a carreira de perto (ela cursou Administração) e que não suporta mais perder tempo com ‘mimimi’.

Durante o bate-papo, Anitta deixou claro que não tem pressa em realizar seus projetos e que está vivendo fase muito zen. “Estou zero estresse, zero pressão. Só desejo energia positiva para o meu lado e quis passar isso no disco. Trabalhamos nele durante um ano e estou muito feliz com o resultado”, conta a artista, que nem se abalou com o vazamento das faixas antes do tempo.

Ela quer mesmo é comemorar e tem motivo de sobra. Em seis horas, o clipe de Bang atingiu 1 milhão de views no YouTube (até ontem estava perto dos 5 milhões). “É o projeto que mais está indo rápido de todos. Estamos alcançando nosso objetivo.” Segundo a cantora, a coreografia de Bang já está sendo dançada em seus shows. “Os fãs aprenderam em 24 horas, fiquei impressionada. Crio as coreografias para me divertir dançando no palco, mas fico muito feliz quando vejo esse tipo de coisa.”

Os fãs movimentam mesmo a vida e a carreira de Anitta. Mas os curiosos também fazem a diferença nos números. E com Bang não está sendo diferente. “Quis trazer algo com estética diferente e misturar de tudo um pouco. Sempre penso que meu público é eclético e quero atingir a todos”, explica. E realmente há mais pop, rap, hip hop, reggae e até uma pitada de samba-rock do que funk neste CD. As parcerias – só com homens – também são novidades. “(As parcerias) Aconteceram de forma natural, orgânica”.

Os convidados da vez são Vitin da banda Onze:20 (em Cravo e Canela), os ainda desconhecidos Jhama (Essa Mina é Louca) e Dubeat (Gosto Assim), a banda Conecrew (Sim) e Nego do Borel (Pode Chegar). Esta última faixa, aliás, é o que mais tem de funk em Bang. Sobre os novatos, Anitta conta que adora ajudar quem está começando. “Faço questão de dar uma força. Essa Mina é Louca com o Jhama já é uma das minhas favoritas do CD.”

POP ART
E não estranhe se reconhecer algo, bem de leve, da eterna Rainha do Pop na capa do CD da Anitta. É que toda a arte do projeto, carregada de cores e intervenções nas fotos, foi feita por Giovanni Bianco, famoso por assinar capas de CDs da Madonna. “O nome Bang, inclusive, foi sugestão dele quando disse que queria que esse álbum fosse um tiro certeiro. Achei perfeito.”

E no embalo de influências internacionais, Anitta confessa que está pensando seriamente em fazer carreira lá fora. “Já fizemos viagens para fazer pesquisas, entender o mercado. Só vou começar algo quando traçar a melhor estratégia”, finaliza. Parece que, ao menos comercialmente, ela está no caminho certo.




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