Na subida do morro é diferente

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Miriam Gimenes

 As UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) foram criadas no Rio de Janeiro como forma de acabar com o domínio do tráfico nos morros. Só que, na cidade – fictícia – de São Judas do Livramento, o caminho foi inverso: o crime aumentou. A fim de coibir milicianos e bandidos, a equipe do incorruptível delegado Paulo Fróes (Marcos Caruso) foi convocada para a missão. Este é o enredo do longa Operações Especiais, que estreia dia 15 e tem direção de Tomás Portella.

A história tem início com o assalto ao hotel em que trabalha Francis (Cleo Pires). As cenas foram inspiradas no caso do antigo InterContinental Rio (Royal Tulip Rio de Janeiro), invadido por traficantes, em 2010, que fizeram mais de 30 reféns. Cansada do trabalho e desiludida amorosamente, ela resolve entrar para a polícia.

Só que, depois de um tempo, é escalada para acompanhar Fróes e outros policiais na operação de São Judas do Livramento. E, por ser a única mulher do grupo, sofre bullying e precisa, a todo momento, mostrar seu potencial. “Fui eu quem pedi uma ponta para participar de Operações Especiais quando soube que era estilo de filme que não é muito feito aqui no Brasil. O roteiro foi mudando, a personagem acabou crescendo e se tornou a protagonista”, diz Cleo. A atriz e os demais – Fabrício Boliveira, Thiago Martins, Fabíula Nascimento e Antonio Tabet – mostram que embora exista quem queira fazer valer a justiça, nem sempre é executada ao pé da letra.

EXPECTATIVA E...
Para a preparação do longa, Portella conta que os atores conviveram em ambientes policiais. “Lá, percebemos que o som dos tiros não é como aparece no cinema. Quando está acontecendo um tiroteio, não é possível ouvir nada. Além disso, tem toda a tensão em torno da operação que, por si, já é algo que exige muita dedicação e que pode culminar até em mortes.” É por isso que o longa reza um pouco a cartilha de filmes policiais de sucesso no cinema – com os mesmos gritos e palavrões de Tropa de Elite, por exemplo –, mas é uma história muito amena para o que, de fato, é a realidade brasileira.




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