Legião para sempre

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Miriam Gimenes

 Os 178 versos, distribuídos em pouco mais de nove minutos, fizeram de Faroeste Caboclo uma das músicas mais famosas da Legião Urbana. E a história de João de Santo Cristo, que queria falar para o presidente para ajudar toda gente que sofre, é a única que não pode deixar de ser ‘contada’ no show feito pela Legião Urbana Cover do Brasil. Quer tirar a prova? Basta ir hoje, a partir das 21h, no Teatro Paulo Machado de Carvalho (Alameda Conde de Porto Alegre, 840), em São Caetano.

O vocalista Beto Sanches diz que o hit é tocado em ponto estratégico da performance. “Chega um determinado momento (do show) que o pessoal vê que não tocou ainda e começa a pedir”, diz. Ele e os outros integrantes da banda – Raoni Passeto (baixo), Bruno Manfrinato (guitarra), Henrique Carvalho (teclado) e Luciano Melo (bateria) –, formada há 15 anos, aproveitarão a ocasião para homenagear Renato Russo, cuja morte completa 19 anos no dia 11.

Por isso, define o show como ‘nostálgico’. “Mostramos, por meio das músicas, como tudo o que ele disse, escreveu e cantou é atemporal.” Até músicas da carreira solo de Renato são entoadas durante a apresentação, que terá também os clássicos Pais e Filhos, Tempo Perdido, Será, entre outros.

Beto lembra que o vocalista foi ídolo de uma geração e as músicas da Legião deram vós à juventude no pós-ditadura. “Com a morte dele veio a ideia de montar a banda para homenagear a Legião.” E não é só a música que lembra os ídolos: Beto também é parecido com o vocalista legionário.

Por ser um trabalho de cover, quer representá-lo. “Mas não procuro ser o Renato. Fico feliz em ser comparado com ele, ter essa ligação. Sempre o admirei em relação à coragem. Por mais que estivesse em situações difíceis, era destemido, procurava expor os seus sentimentos, fosse de amor ou revolta. Hoje, principalmente com a internet, as pessoas se tornaram um pouco covardes, fúteis.”

O anúncio da nova turnê da Legião Urbana, que será capitaneada por Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, uma homenagem aos 30 anos da gravação do primeiro disco, em 1985, é uma esperança de perpetuar a mensagem deles e dar um ‘up’ na cena cultural brasileira. “Como fã acho muito válido, até porque vivemos um momento degradatório da nossa cultura, muito modismo, música sem qualidade nenhuma. Estamos achando incrível. Vão influenciar de maneira positiva”, finaliza Beto. Os ingressos custam R$ 70 (R$ 35 meia) e podem ser comprados na bilheteria do teatro ou no site www.compreingressos.com.

FESTIVAL
E por falar em fãs, o Shopping Metrópole (Praça Samuel Sabatini, 2.000) fará o 1° Festival de Bandas Cover, dos dias 4 a 29 de novembro. Entre os nomes estão Raul Seixas, Elvis, The Beatles, Queen, entre outros. A apresentação é gratuita e os shows serão nos domingos, às 18h, na praça de alimentação.




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