Uma salva de palmas

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Oscar Brandtneris

Literatura e cultura regional possuem um lar em Santo André. Na Praça do Carmo, número 171, está a Casa da Palavra, que completou 23 anos este mês. O local abriga produções literárias e atividades culturais que promovem formação e informação para pesquisadores, pensadores, produtores e amantes da arte.
 
 
Para comemorar, funcionários produziram exposição em forma de retrospectiva no hall. Livros que seriam descartados viraram objetos de decoração. Ricardo Cortazzi e Cristina Leminski fizeram a pesquisa e a disposição das obras, enquanto Zenildo Alves de Oliveira é o responsável pela criação das peças.
 
A mostra fica em cartaz até 31 de outubro. Hoje, a partir das 19h, haverá sarau de inauguração com o objetivo de reunir os coordenadores que trabalharam no espaço. Depois, vai acontecer show de MPB com a banda Pedra Bruta e uma performance do Coletivo Oralidade Poética. Para animar os intervalos, a DJ Fabiana Macedo foi convidada a discotecar.
 
Há história de sobra na Casa da Palavra Mário Quintana, inaugurada em 6 de setembro de 1992. Na ocasião, o poeta Augusto de Campos esteve presente. Antes, outras atividades já tinha sido ali exercidas. Em 1920, era imóvel que acabara de ser comprado pela família Queiroz. Em 1938, o terreno de 1.126 m² foi arrendado pela Prefeitura do Município para a instalação da Escola Profissional Mixta Secundária e a Seção de Puericultura. No fim da década de 1940, até um Centro Hospital funcionou no local.
 
Em 1952, o então prefeito Fioravante Zampol instalou seu gabinete naquele espaço, mantido ali até ser inaugurado o Centro Cívico. Foi no começo da década de 1970 que o imóvel foi desapropriado e passou a ser bem público. Hoje, segundo o Conselho Municipal, o espaço é assegurado apenas para servir como equipamento cultural.
 
De acordo com a coordenadora da Casa da Palavra, Rosana Banharoli, a ideia foi criada pelo prefeito Celso Daniel. “No governo dele foi desenvolvido o projeto Cidade do Futuro, em que diversas instalações para promover cultura começaram a nascer. Aqui é um equipamento que atende a todas as linguagens, mas a ênfase é na literatura contemporânea”, explica.
 
ATIVIDADES
Toda segunda terça-feira do mês acontece o Quatro Dedos de Prosa, promovido para unir escritores da região. Já na última terça, quem entra em cena é o Cinema na Concha – espaço que também faz parte da Casa da Palavra e fica na área externa da Praça –, quando são transmitidos documentários independentes. Lá acontece, aos sábados, a Sacada Literária para a troca de livros, ocasião em que microfone fica à disposição para os que quirem ler trechos de obras ou recitar poemas.

Além dessas atividades, palestras, oficinas e saraus estão sempre na agenda. “A filosofia, sociologia e todas as questões de humanidades colaboram também para que os frequentadores sejam leitores e até mesmo escritores melhores. As ferramentas usadas torna isso possível”, conclui Rosana. 




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