‘Culto’ ao rock marca show de Faith no More

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Demetrio Damiani

O Faith no More agitou, na noite de quinta-feira, o Espaço das Américas, em São Paulo. Com casa lotada, a banda californiana tocou por 1 hora e 40 minutos, empolgando os presentes. A abertura ficou por conta dos chilenos da CAF – Como Asesinar a Felipes.

O show faz parte da turnê sul-americana, que passou ontem pelo Rock in Rio. Na apresentação, o grupo liderado pelo cantor Mike Patton tocou, além de velhas conhecidas do público, cinco composições do novo trabalho, Sol Invictus, lançado em maio. Até música cantada na nossa língua teve: eles fizeram versão em português de Evidence.

O público, formado em sua maioria por pessoas na faixa dos 40 anos, foi lotando a casa aos poucos, e pôde conferir de perto a montagem do palco inusitado, todo branco. As pessoas envolvidas na produção e, depois os integrantes do grupo, também usavam branco, dando a impressão de ser culto de uma seita qualquer. Antes do início do show, vários arranjos de flores foram distribuídos pelo palco.

A aparente referência à paz contrastou com a apresentação da banda, que abusou do som pesado. Aos 47 anos, Patton não decepcionou. Sua voz ainda tem a potência de quando a banda estourou nas rádios no fim da década de 1980. O baterista Mike Bordin, com seus longos cabelos emaranhados e, agora, brancos, foi ovacionado pela plateia diversas vezes. O tecladista Roddy Bottum e o próprio Patton arranharam o português em algumas oportunidades, mostrando empatia com os presentes. Hits como Epic, Easy, Ashes To Ashes e From Out Of Nowhere foram os pontos altos do show, que foi encerrado com I Started a Joke>, cover do Bee Gees.




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