Projeto apresenta tradições da cultura africana na região

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Rodrigo Mozelli

Estação de trem de Rio Grande da Serra recebe oficinas da ‘AfroEscola Itinerante’ 

A cultura africana é muito rica. Desde seus primórdios, ela se espalhou pelos quatro cantos do planeta e se tornou popular por onde passou. No Brasil, porém, esta cultura está se perdendo. Por conta disso, o coletivo autônomo AfroEscola, com sede em Santo André (Avenida Atlântica, 904. Tel.: 4425-4658), vive para resgatar esta herança deixada pelo povo africano. Ontem, o grupo apresentou para quem passasse pela estação de trem de Rio Grande da Serra o projeto Afroescola Itinerante.

“Há pouco tempo, começamos a participar de editais públicos e ganhamos um pelo ProAc (Programa de Ação Cultural), pelo qual queríamos levar a AfroEscola a três pontos de grande movimentação. Por isso, escolhemos as estações de trem”, conta Carlos Rogério, 42 anos, idealizador e coordenador da AfroEscola.

Além de Rio Grande da Serra, as estações Prefeito Celso Daniel – Santo André e Mauá também receberam a intervenção, apresentada dentro de cúpula geodésica (espécie de tenda circular formada por triângulos feitos de praticamente qualquer material, popular na Etiópia) com oficinas de dança, música e artesanato de boneca preta. “Nossa ideia é a de resgatar e contar a tradição cultural africana de forma lúdica para a população”, explica Rogério.

Apesar do frio e da garoa em Rio Grande da Serra, algumas pessoas apareceram e se mostraram curiosas quanto ao projeto que desperta, inclusive, discussões interessantes sobre a cultura africana e a influências dos negros no Brasil. A escravidão foi tema levantado ontem durante a intervenção. Há quem acredite que o papel da Princesa Isabel não tenha sido tão decisiva assim para o fim da escravatura. A missão do coletivo é mostrar os dois lados.

Para Leony dos Santos, 24, estudante de Letras, a iniciativa é boa para a cidade. “Aqui não temos quem traga cultura para Rio Grande”, diz. Rosalina Garcia, 71, aposentada, tem opinião parecida com a do estudante, afirmando ser importante tal ação como conhecimento. “É ótimo para crianças, jovens e idosos. É bom também para aqueles que moram mais distante ou que tiveram pouco estudo.” Quer conhecer mais sobre a AfroEscola? Acesse o site www.oficinativa.blogspot.com.br.  




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