Tourette vai além do entretenimento

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Vinícius Castelli

Banda independente de rock com nomes da região e São Paulo lança disco de estreia

 Riffs contagiantes e pesados de guitarra, bateria que anda lado a lado com as harmonias de contrabaixo e a força e beleza da voz do paulistano Massimo Spalla. Tudo isso está na receita sonora da banda Tourette, que conta ainda com o baterista Anselmo Santos, também de São Paulo, e com outros três músicos do Grande ABC: Vini Costa e Hugão (guitarras) e Fernando Dias (contrabaixo).

Nome que caminha no cenário independente, a Tourette aposta em cancioneiro rock que carrega diversas influências, desde temperos de bandas como System of a Down e Stone Sour, a coisas mais veteranas como Led Zeppelin, e coloca no mercado seu disco de estreia, Out Of Control (R$ 10, em média). Além do CD, o álbum pode ser adquirido em plataformas digitais, como iTunes. É possível ouvir as faixas no site www.tourette.com.br.

Recheado por dez canções autorais cantadas em inglês, Out Of Control tem produção de ‘banda grande’ e riqueza de arranjos sonoros. Mas o som pesado do conjunto – que participou do Festival de Cultura e Arte do Diário deste ano – vai além de entreter e fazer o público balançar a cabeça com suas batidas certeiras. O nome da banda remete a uma síndrome, a de Tourette – distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por múltiplos tiques, vocais ou motores, que persistem por mais de um ano e, muitas vezes, se instalam na infância.

A ideia, segundo Spalla, surgiu acerca dos pontos de fraqueza do ser humano, “de como cada um tem um ponto onde perde o controle, faz o que não gostaria de fazer, diz o que não gostaria de dizer.”

Conceitual, o disco explora todo o tipo de conflito que alguém pode ter, seja psicológico, emocional, religioso ou social. “Os assuntos abordados têm maior foco no que se passa dentro da mente das pessoas e o conflito que elas têm com elas mesmas, porém, existe também uma abordagem externa, onde ilustramos, por exemplo, vivência de paixões e obsessões, tristeza e desespero causados por perdas, e as consequências catastróficas do fanatismo religioso”, diz.

E tudo isso é mostrado em faixas como Fireball, que carrega agonia, e Liar – tema que ganhará videoclipe. Out Of Control também tem seus momentos libertadores e de explosão de energia como em Reason. Já Prisoner, com violões e coro, é carregada de singeleza e um dos pontos altos da obra. “Estamos animados com tudo o que tem acontecido e otimistas com os próximos passos. Continuamos na batalha e felizes por estarmos fazendo o que amamos”, encerra o artista Spalla.




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