O retorno da U.N.C.L.E.

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Rodrigo Mozelli

Sucesso da TV nos anos 1960, ‘O Agente da U.N.C.L.E.’ chega às telonas mostrando potencial.

 Filmes de espionagem voltaram para ficar. Recentemente, o Diário fez crítica de Missão Impossível: Nação Secreta, o sexto longa da franquia estrelada por Tom Cruise, que trata do mesmo tema. Pois bem, hoje estreia mais um filme nesta tônica na região: O Agente da U.N.C.L.E. (sigla de Rede de Comandos Unidos de Lei e Aplicação), baseado na série de TV homônima, sucesso nos Estados Unidos nos anos 1960. Recheado de ‘estrelas’ envolvidas no projeto – a começar pelo diretor Guy Ritchie –, a película tinha tudo para ‘arrebentar a boca do balão’. E conseguiu.

A história se passa no início da década de 1960 no auge da Guerra Fria. Soviéticos e norte-americanos espionam uns aos outros. Mas isso muda quando o agente da CIA (Agência Central de Inteligência em português), Napoleon Solo (Henry Cavill) e o da KGB (Comitê de Segurança do Estado em português), Illya Kuryakin (Armie Hammer) unem forças contra organização internacional que fabrica e vende armas nucleares para criminosos. Para tanto, eles contam com a ajuda de filha de cientista alemão desaparecido, que pode ser a chave para que se infiltrem na organização em tempo hábil, com o objetivo de evitar catástrofe.

Henry Cavill, destaque por também ter sido o Super-Homem em outro filme da Warner Bros., O Homem de Ferro, e Armie Hammer, famoso por ter feito Cameron e Tyler Winklevoss em A Rede Social, formaram, de fato, grande dupla. O entrosamento entre ambos foi nítido. Os momentos de graça se intercalam com altas doses de ação muito bem alinhavadas com a trilha sonora – idealizada por Daniel Pemberton –, tipicamente dos anos 1960. O estilo deste longa é marca de Guy Ritchie, que ‘ousa’ em cenas mais sérias e trabalha a música como poucos. Pode-se ver estas características na releitura de Sherlock Holmes, estrelada por Robert Downey Jr. e assinada pelo diretor. Também se assemelha com Bastardos Inglórios e Pulp Fiction, ambos de Quentin Tarantino (no estilo de desenvolvimento da trama), só que com bem menos sangue.

Apesar de alguns flashbacks é difícil se perder na história, que também conta com Hugh Grant e até com David Beckham, ex-jogador de futebol, que fez sua estreia nas telonas com pequeno papel, pedido por ele ao seu amigo Ritchie. O pedido foi atendido, assim como a expectativa dos fãs de espionagem, dos que viram a série que inspirou o filme e dos que ‘apenas’ apreciam películas muito bem estruturadas.




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