Como seria o mundo pós-apocalipse?

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Rodrigo Mozelli

'Expresso do Amanhã’, que chega no Brasil com ‘atraso’, discute disputa de classes

Ficção científica: adorada por muitos. Mas, no caso de Expresso do Amanhã – que estreia hoje nos cinemas do Grande ABC –, dá até para questionar o quão realista são as questões abordadas pela trama. Com Chris Evans como protagonista, o longa se passa em 2031. O planeta agora está congelado e poucas pessoas restaram. Há mais de 17 anos, um trem percorre a Terra com a população restante. O transporte possui tudo o que se precisa para sobreviver. O problema é que, assim como no passado, as pessoas são divididas em classes sociais, o que não agrada aos que vivem no último vagão. Sendo assim, Curtis (Chris Evans) lidera revolta reivindicando melhores condições. O filme mostra a tal luta para chegar ao primeiro vagão, no qual o criador da locomotiva, o Sr. Wilfred (Ed Harris) vive confortavelmente.

Este que foi o primeiro filme em inglês do diretor sul-coreano Joon-Ho Bong é baseado na graphic novel Le Transperceneige. A grande mensagem é a de que por mais que o ‘sistema’ tente acuar as pessoas, elas são guiadas pelo instinto de sobrevivência, o que as impede de se renderem facilmente.

Dentro do orçamento de quase US$ 40 milhões foi possível criar filme de primeira com elenco igualmente bom. A começar pelo papel principal, interpretado por Chris Evans, o Capitão América nos longas homônimos e em Os Vingadores 1 e 2. Aliás, cogita-se que seja para não coincidir com o último longa dos heróis que o Brasil recebeu o Expresso com cerca de um ano de atraso em relação aos Estados Unidos. Mais uma vez, Evans dá vida a alguém que precisa ser herói, mas que não quer exercer este papel. O personagem é incisivo, não aceita sua situação.

Impressiona também o cenário, já que o trem fictício tem mais de 500 metros, além de efeitos especiais, como dispositivo que imita movimentação de trens. Por boa parte das cenas serem escuras, já que os últimos vagões não têm janelas, cada instante é ‘nervoso’. Não dá para saber se os rebeldes conseguirão atravessar a porta à sua frente ou se vão sobreviver. E o fim, deste que foi um dos últimos filmes gravados em película na Coreia, é um tanto inesperado. Dá para adiantar que o espectador pode aguardar por muitas reviravoltas no meio do caminho.




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