Prédio do Cine Teatro Gomes faz 90 anos

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Vinícius Castelli

Fechado desde 2008, espaço andreense deve começar a ser reformado no início de 2016 

 

Local que foi referência para o universo artístico, o prédio do Cine Teatro Carlos Gomes, em Santo André, completa hoje 90 anos. O local já foi palco para o tenor italiano Tito Schipa (1888-1965) em 1946 e já recebeu eventos com a presença de Hebe Camargo, além de mostras de cinema italiano, tailandês e francês. Com cortinas fechadas desde 2008, após tentativa frustrada de restauro durante a gestão Aidan Ravin (PSB), o Cine Teatro Carlos Gomes – Patrimônio Cultural da Humanidade – começa a ver mais de perto a luz no fim do túnel.

A Prefeitura espera ansiosa por publicação no Diário Oficial da União para autorização de captação de recurso no valor de R$ 9,1 milhões por meio da Lei Rouanet (8.313/ 1991), verba que virá por meio do Minc (Ministério da Cultura). No total, o projeto está estimado em R$ 15 milhões, segundo Tiago Nogueira, secretário e Cultura e Turismo de Santo André.

“Estamos na fase de documentação. De acordo com o último relatório que recebi (do Minc), eles têm até dia 24 para emitir um parecer. Tenho acompanhado semanalmente. Eles pediram série de documentos, a documentação que comprova a posse do ‘Carlos Gomes’ da Prefeitura, se o Conselho do Patrimônio Histórico do Município aprovou o projeto, entre outros”, diz Nogueira.

A fachada original do prédio, com toques arquitetônicos neoclássicos, há tempos não existe mais. Segundo o secretário, que acredita que as obras devem começar no início de 2016, será possível preservar “a boca de cena, as paredes laterais, o telhado, as portas e a volumetria.”

Todo o restante será modernizado. Ar-condicionado, sistema digital de som, luz e imagem serão instalados. As cadeiras serão reversíveis, pode virar um salão para baile, jantar e exposição e voltar a ser local para receber peça de teatro. No total, o Cine Teatro Carlos Gomes terá 600 lugares.

Além do dinheiro do Minc, a Prefeitura aposta em campanha de arrecadação de dinheiro das empresas que têm Imposto de Renda a pagar. “Quero fazer um concerto da orquestra cuja renda seja destinada ao Carlos Gomes. Podemos organizar leilões de arte para que os artistas doem um pouco de sua arte destinada ao Carlos Gomes”, diz Nogueira.

Além do espaço cultural, o secretário pensa em revitalizar o entorno do espaço, como forma de fomentar a cultura e deixar a região um polo cultural. “Vamos mexer na Rua Cesário Mota, naquele calçadão da frente do teatro, vamos dar outra cara ali. Vamos reformular. Vai virar um bulevar.”




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