Ópera dita o fim de semana

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Vinícius Castelli

A ópera, junção do drama e música, nasceu no século 17, na Itália, e se mantém forte até os dias atuais. Há quem diga, no entanto, que o lirismo e os tons de voz atenuantes e ‘estrondosos’ deste estilo musical são elitizados. Com o intuito de desmentir tal afirmação, a Companhia Minaz, de Ribeirão Preto (interior de São Paulo), tem realizado diversos espetáculos voltados para todos os públicos. Um destes é O Basculho de Chaminé, que será apresentado hoje, às 20h, e amanhã, às 19h, no Teatro Municipal de Santo André (Praça 4º Centenário), em parceria com a Ossa (Orquestra Sinfônica de Santo André). A entrada é gratis, mas os ingressos devem ser retirados na bilheteria do local uma hora antes de começar o espetáculo.
 
Escrita originalmente pelo compositor luso-brasileiro Marcos Portugal (1762– 1830), com direção cênica de André Cruz e conduzida pelo maestro Abel Rocha, a ópera – apresentada pela primeira vez em 1794 – narra trajetória de barão e limpador de chaminés que ‘trocam’ de vida durante certo tempo. O limpador quer ver como é ser barão, enquanto que o magnata desconfia que alguém de seu círculo social quer seu mal.
 
Em mais de uma hora de espetáculo, os barítonos Alexandre Galante e Camilo Calandreli dão vida, respectivamente, a Pieroto (limpador) e ao barão. As sopranos Lilian Giovanini e Mariana Cunha interpretam a amante do barão, Dona Flora, e a sua criada, Rosina, respectivamente. Por fim, o baixo Lucas Curtarelli vive o mordomo Janino e o tenor Ozório Christovam faz o papel de secretário do barão, Dom Fábio. “A recepção do público tem sido ótima, desde crianças até adultos. Eles entendem bem, mesmo termos antigos”, diz a diretora artística da companhia, Gisele Ganade.
 
A versão idealizada pela companhia interiorana está em cartaz desde agosto de 2013, apresentada por seis solistas em 13 números musicais, intercalados com cenas teatrais que são apresentadas como diálogos falados. “Ópera pode ser algo divertido, não precisa ser erudita para entender. A linguagem é acessível e se pudermos fazê-las assim, com certeza a população vai gostar”, comenta Gisele.
 

A junção do espetáculo com a Ossa não é algo inédito. Sobre esta apresentação em Santo André, a diretora é otimista: “(Espero) Que o público se divirta muito. As músicas são bacanas e o maestro conhece muito de ópera. Estou na expectativa de uma experiência muito gostosa.” Que assim seja.   




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