Uma reportagem veiculada na Inglaterra com o título ‘as belezas do Brasil não vêm do Rio’ serviu de inspiração para o longa Real Beleza, que estreia amanhã nos cinemas. No texto, o jornal dizia que das 20 tops brasileiras, 12 eram gaúchas e esta informação chamou a atenção do diretor Jorge Furtado, que criou a história a ser contada nas telonas com a ajuda de Vladimir Brichta, Adriana Esteves, Francisco Cuoco e a estreante Vitória Strada.
Cansado de ver tanta mulher bonita, o fotógrafo João (Vladimir) não consegue mais distinguir o que é belo. Em crise com sua profissão, percorre cidades do Sul do País em busca de uma beleza diferenciada e é então que conhece Maria (Vitória Strada).
Como o pai da garota, Pedro (Cuoco), é contrário à ideia de ela ser modelo, João vai até a fazenda da família para convencê-lo e lá se envolve com a mãe da menina, Anita (Adriana). “Ele vai aprender o que é beleza e descobre que existem muitas”, explica o diretor Furtado. As filmagens, feitas em 2013, passaram por três cidades: Garibaldi, Três Coroas e Porto Alegre.
Este é o primeiro filme em que o casal Adriana e Vlad contracena. A atriz diz que antes mesmo de saber do roteiro, os dois já tinham conversas sobre a beleza. “Temos filhos e não apontamos para eles o que é bonito ou feio. E é isso que queremos entregar para o espectador, a relatividade de tudo isso. Não temos de seguir padrões”, diz Adriana, que está no ar também como Inês, na novela Babilônia. Sem pudores, em uma das cenas a atriz, 45 anos, aparece em um nu frontal, o primeiro de sua carreira.
“A beleza é abstrata porque está no olhar de cada pessoa”, completa Cuoco. O veterano, que interpreta muito bem o papel de cego no filme e durante muito tempo foi tido como um dos principais galãs da televisão, admitiu que a beleza o ajudou ao longo da trajetória profissional.
Definido como um drama romântico – embora a história tenha poucos altos e baixos – o filme, pelo menos, faz refletir no fim o que realmente é importante na vida: o exterior ou a alma.