Síndrome do olho seco

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Ruth Santo

 Síndrome do olho seco 

O uso incorreto de cosméticos como máscaras, lápis e delineadores podem agravar a síndrome do olho seco, caracterizada pela diminuição da produção ou evaporação excessiva da lágrima, situação que costuma ser ainda pior no inverno. Alguns cuidados simples, contudo, podem ajudar a prevenir o problema e a evitar sintomas incômodos, como coceira, ardor, vermelhidão e secura na superfície ocular. s, como antidepressivos e anti-hipertensivos também podem afetar a produção lacrimal, assim como algumas condições clínicas, a exemplo da diabetes. Dessa forma, é fundamental buscar um oftalmologista para que se investigue as causas do olho seco e se avalie, assim, a necessidade de um tratamento adequado.

 
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Utilizar máscara junto à raiz dos cílios ou, ainda, lápis e delineador na borda interna dos olhos, não remover a maquiagem antes de dormir, nem higienizar adequadamente a região são hábitos que favorecem o entupimento das glândulas que produzem a gordura necessária para evitar a rápida evaporação da lágrima.
 
Os cílios são protetores naturais contra poeira, luz e microrganismos. Resíduos nessa região favorecem o crescimento de bactérias e parasitas dentro do folículo piloso (estrutura que origina os pelos), o que pode causar irritação e alergia. Por isso, além de usar demaquilantes específicos para os olhos, lavar os cílios durante o banho com uma pequena quantidade de espuma feita com xampu infantil é um bom hábito.
 
Outras dicas para evitar a síndrome do olho seco são ingerir líquidos, sobretudo quando o tempo estiver mais seco, e fazer pequenos intervalos nas atividades que demandam esforço visual contínuo, como a leitura em computadores, o que faz o indivíduo piscar menos. Além disso, é possível utilizar as lágrimas artificiais e lubrificantes oculares, quando prescritos pelo médico.
 
A síndrome do olho seco chega a atingir 10% das mulheres acima dos 50 anos, faixa etária em que os sintomas são mais frequentes em função de fatores hormonais que diminuem a produção das lágrimas. Já em mulheres mais jovens, está relacionada principalmente com a evaporação excessiva da lágrima, favorecida pelos ambientes climatizados, pela falta de higienização adequada dos cílios, o que inclui os resíduos de maquiagem, e pelo excesso de esforço visual durante o uso de computadores, tablets e celulares.
 
Medicamentos amplamente usados no País, como antidepressivos e anti-hipertensivos também podem afetar a produção lacrimal, assim como algumas condições clínicas, a exemplo da diabetes. Dessa forma, é fundamental buscar um oftalmologista para que se investigue as causas do olho seco e se avalie, assim, a necessidade de um tratamento adequado.
 
Em alguns casos, os pacientes podem se beneficiar do uso de medicações para melhorar a produção aquosa pela glândula lacrimal. Também há medicações que melhoram a produção de gordura pelas glândulas palpebrais, produtoras do componente oleoso da lágrima que é importante para evitar a evaporação excessiva.
 
Dra. Ruth Santo é coordenadora do Grupo de Estudos em Superfície Ocular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
 



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