Homem-Formiga é comédia gigante

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Rodrigo Mozelli

Realmente o universo Marvel sabe bem como sugar a atenção. Vindo logo após o excelente Os Vingadores 2 – A Era de Ultron, a exigência em cima do fundador de os Vingadores, Homem-Formiga, era alta. Ele, simplesmente, não podia decepcionar os aficionados. E, de fato, a missão foi cumprida. Com muitas cenas cômicas e toques certeiros de drama, a mais recente película do universo dos quadrinhos – que apareceu pela primeira vez em HQ do ano de 1962 e foi criado por Stan Lee, Jack Kirby e Larry Lieber – saiu melhor do que a encomenda.

A história, dirigida por Peyton Reed, narra a saga de Scott Lang (Paul Rudd), que ficou alguns anos preso por assaltar milionários. Ao sair da cadeia, passa a morar com seu ex-parceiro de crimes Luis (Michael Peña). Além disso, é impedido de visitar sua filha, que mora com a mãe e o padrasto policial. Luis então o convence a voltar à antiga vida.

Quando arromba mais um cofre, Scott descobre que lá dentro há somente velha jaqueta e capacete, que o deixa em tamanho de uma formiga. Ele acaba sendo detido mais uma vez. Na prisão, Dr. Pym (Michael Douglas), dono da casa que Lang invadiu, pede ajuda à Scott para combater Darren Cross (Corey Stoll), que planeja vender a ideia de Pym sob a alcunha de Jaqueta Amarela. Assim, ao lado do doutor e de sua filha Hope Van Dyne (Evangeline Lilly), Scott terá que decidir se deixará sua vida de criminoso de lado para virar herói.

As cenas cômicas, como as ‘patadas’ entre Hope e Scott e a primeira vez em que Lang veste o uniforme e diminui de tamanho, fazem valer todo o filme. O encontro do Homem-Formiga com o Falcão (Anthony Mackie) e o duelo entre herói e Jaqueta Amarela, realizado em tamanho miniatura, também é garantia de muitas risadas. O detalhismo – e realismo – com que cenas em menor escala foram tratadas é impressionante. Um exemplo é a banheira de Luis enchendo de água e o desespero de Scott para fugir da ‘inundação’. Somente nestas cenas, porém, é que os efeitos 3D são notados. Fora isso, parece mais filme comum.

O orçamento de US$ 130 milhões foi aproveitado, já que a história flui bem e tem pitadas dramáticas que valorizam o que está sendo contado. Paul Rudd também se saiu muito bem como protagonista, se destacando bastante. Talvez tenha sido este o motivo pelo qual o ator Adrien Brody se interessou ao se candidatar à vaga do minúsculo herói.

Herói também chega às livrarias
Quem pensa que o Homem-Formiga foi adaptado somente para os cinemas está enganado. Seguindo a linha de outros heróis da Marvel, como Homem de Ferro e Homem-Aranha, o fundador dos Vingadores está em Homem-Formiga: Inimigo Natural (Novo Século, 256 págs., R$ 34, 90 em média), escrito por Jason Starr (escritor de graphic novels e quadrinhos para estúdios como Marvel e DC) e entra nas lojas neste mês.

A história contada por Starr se passa após as aventuras de Scott Lang no filme que estreia hoje. Lang está tentando endireitar sua vida, agora com emprego estável e com sua filha. O problema é quando ex-companheiro de crimes vai à julgamento e o governo coloca guarda-costas para proteger Scott e sua filha. Assim que a situação aperta para eles, o Homem-Formiga volta à ativa para combater este perigoso e misterioso vilão.

O lançamento do livro coincide com a película homônima não por acaso. Tudo faz parte de estratégia da Marvel para disseminar seus quadrinhos em outras plataformas. Como dito antes, Homem-Aranha, Homem de Ferro, além dos X-Men e os Vingadores são outros exemplos de heróis da empresa que já têm suas versões tanto em filme quanto em livros, que são produzidos em parceria com a editora Novo Século. Entre este ano e 2017, Guardiões da Galáxia, Wolverine, Capitão América e Novos Vingadores devem completar o time.
 




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