Peça sobre Oscar Wilde fica em cartaz até agosto em São Paulo

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Rodrigo Mozelli

 Que Oscar Wilde é considerado um dos maiores escritores e dramaturgos da história ninguém duvida. A única curiosidade que persiste é se o irlandês passou ou não por consulta esotérica. Este ‘dilema’ histórico é abordado na peça In Extremis, em cartaz no Viga Espaço Cênico (Rua Capote Valente, 1.323), em São Paulo.

Dirigido por Bruno Guida e com Daniel Infantini e Flávio Tolezani no elenco, a trama é baseada em montagem de mesmo nome, do diretor Neil Bartlett, de 2000. Bartlett se ‘aproveitou’ de suposto telegrama enviado por Wilde para sua amiga em 1895, uma semana antes de ir à júri que custaria toda sua carreira e família. Nele, existiriam provas de que o famoso escritor teria passado por consulta com a cartomante Mrs. Robinson. Neil transcreveu alguns dos trechos das obras de Oscar em conjunto com sua própria narrativa para elaborar a trama.

Esta é a primeira vez que In Extremis é apresentada por aqui. Na adaptação brasileira, a linguagem utilizada é a de bufão (espécie de ampliação do grotesco e do crítico do ator), já iniciada na montagem anterior do trio, The Pillowman: O Homem Travesseiro. Bruno, além de dirigir a peça, traduziu o texto e idealizou o projeto, Daniel também assina figurino e maquiagem, e Flávio faz o trabalho de cenógrafo em In Extremis. Os realizadores da adaptação também tiveram aulas com o hipnólogo Fábio Puentes para entender a ciência da hipnose.

AUTOR
Neil Bartlett fez programas de rádio e TV, além de dirigir peças teatrais. Ficou conhecido por Um Julgamento na Pedra e Agora é Que é de Manhã (ambos em tradução livre), os quais lhe garantiram o Time Out Theatre Award e prêmio especial no Cork Film Festival, ambos na década de 1980.

In Extremis – Peça. Em cartaz até 30 de agosto. Sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Viga Espaço Cênico – Rua Capote Valente, 1.323. São Paulo. Ingressos custam entre R$ 15 e R$ 40 e podem ser adquiridos na bilheteria do local.




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